Em áudio gravado em São Paulo, o governador eleito de Minas, Romeu Zema (Novo), criticou entraves burocráticos na área do licenciamento ambiental do estado que retardam a implantação de novos investimentos. Sem citar as empresas, Zema disse ter participado de vários encontros com presidentes de companhias que já têm unidades instaladas e estão interessados em ampliá-las e também com empresários que pretendem se estabelecer no estado. “O que tenho percebido é sempre a mesma coisa: essas empresas têm enfrentado muitas dificuldades, em especial no que diz respeito à área ambiental. Muitas vezes, leva anos para que uma licença, uma permissão seja concedida”, disse.
Em crítica ao governo de Fernando Pimentel (PT), Zema afirmou que não há ambiente amigável ao empresariado no estado. “Lembro-me que essas empresas são aquelas que podem trazer investimentos para Minas, gerar empregos e ajudar o estado a sair desta situação tão difícil. Vejo que todas elas foram esquecidas, totalmente relegadas a um segundo plano neste último governo: têm enfrentado dificuldades enormes para conseguir qualquer coisa que dependa do estado”, afirmou.
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O governador eleito segue hoje em São Paulo, onde participa de nova reunião com investidores potenciais e à tarde, com outros governadores eleitos, acompanha o painel “Governança e gestão para resultados: como ampliar a entrega de serviços à população”, promovido pelo Movimento Brasil Competitivo.
Para a próxima semana, a equipe de transição de Romeu Zema se prepara para apresentar os diagnósticos do setor fiscal, do pessoal e dos projetos em andamento. Também serão anunciados novos secretários. Até o momento, foram divulgados o secretário de Fazenda, que será o contador Gustavo Barbosa, de 53 anos, que foi secretário de Fazenda do Rio responsável pela renegociação da dívida daquele estado com a União, além do titular da Secretaria de Planejamento e Gestão, o engenheiro Otto Alexandre Levy Reis, também de 53. Ambos acompanham Zema na disposição de só receber salário quando a folha de pagamento do funcionalismo do estado estiver em dia e sem parcelamento.
Os futuros secretários da Saúde e da Mobilidade e Infraestrutura, além da Educação e da secretaria de Impacto Social serão escolhidos em processo seletivo por empresas profissionais.
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