No primeiro encontro entre os eleitos vice-governador de Minas, Paulo Brant (Novo), e vice-presidente da República, General Mourão, o mineiro pediu nesta quarta-feira a ajuda federal para solucionar a crise em Minas Gerais. Brant ouviu de Mourão que vai haver “boa vontade”, mas, antes, o estado precisa “fazer o dever de casa”.
“A situação do governo é tão grave que um acordo com a União é quasse condição imprescindível para gerar governabilidade aqui”, disse.
Mourão afirmou acreditar em uma boa relação entre Zema e Mourão, até pela afinidade dos “princípios liberais”, mas condicionou um acordo à adoção de medidas de austeridade no estado.
“Primeiro Minas vai ter que se ajudar. Após Minas se ajudar, temos a visão de dividir recursos de forma direta com estados e municípios e, consequentemente, o estado terá mais recurso à disposição”, disse.
General Mourão disse que a crise atual é fruto dos erros ocorridos no passado e que o governo federal também terá de tomar suas próprias medidas de ajuste. Segundo ele, é preciso cortar gastos e ter austeridade em ambos os casos. O vice de Bolsonaro defendeu as privatizações de estatais, tanto no plano federal como em Minas.
O vice-presidente eleito afirmou que não há mais mineiros previstos no Ministério de Bolsonaro – somente o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio foi escolhido para comandar a pasta do Turismo – e criticou a baixa presença dos mineiros. “Pela representatividade que o estado tem, deveria ter mais, mas as escolhas são do presidente”, disse.
Paulo Brant afirmou que Zema deve ter uma relação estreita com o presidente eleito Jair Bolsonaro. Segundo o vice-governador mineiro, o estado precisará profundamente do governo federal. Brant disse que o ajuste sugerido por Mourão será feito. Segundo o vice mineiro, Zema deve reduzir o número de secretarias de 21 para entre 10 e 12. Também vai cortar cargos.