R$ 300 mil. Este é o valor total apresentado pelo advogado criminalista Zanone Manuel de Oliveira Junior para a defesa de Adelio Bispo de Oliveira, esfaqueador do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), até o a fase final do processo no Supremo Tribunal Federal (STF).
A revelação foi feita ao Estado de Minas pelo próprio Zanone. Mas permanecem as dúvidas sobre como quem faria o pagamento (e como ele seria feito) após mais tres meses do crime (completados nesta quinta-feira). Bolsonaro foi atacado durante um ato de campanha do primeiro turno no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (Zona da Mata). Ainda não se sabe Adelio agiu sozinho ou recebeu ajuda de terceiros.
Reportagem publicada pelo site da Revista Veja, nesta quinta-feira, diz que em depoimento sigiloso à Policia Federal, o advogado Zanone Oliveira Junior contou detalhes de como foi contratado para defender o esfaqueador de Bolsonaro.
O texto informa que no depoimento Zanone disse que foi contratado por “um desconhecido”, com o qual se reuniu em seu escritório em Belo Horizonte na manhã de 7 de setembro, e que, na ocasião, o advogado disse que cobrava, em média, R$ 150 mil em honorários.
Mas, segundo o site da revista, o “contratante” achou o valor alto. “O criminalista, então, topou dar um desconto de 83% — e receber R$ 25 mil até a conclusão da investigação da Polícia Federal. “Aquela pessoa aceitou a proposta e pagou inicialmente o valor de R$ 5 mil em dinheiro”, disse Zanone. O restante seria pago em outras parcelas mensais. No entanto, o interessado em ajudar Adélio “desapareceu”, relata a reportagem de “Veja”.
Ouvido pelo Estado de Minas no inicio da noite desta quinta-feira, Zanone Oliveira confirmou o depoimento sigiloso à Policia Federal, que, segundo ele, ocorreu há cerca de um mês.
Ainda conforme Zanone, o contratante “fechou só o inquérito por R$ 25 mil e deu entrada de R$ 5 mil”. As outras parcelas restantes deveriam ser pagas até o fim do inquérito.