Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Gleisi questiona imparcialidade de Moro, nomeado ministro, em julgamento de Lula

A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, refez duras críticas ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba. Segundo Gleisi, Lula foi preso "sem provas" em meio a um Judiciário "de altíssimo grau de politização". "Isso é evidenciado pela nomeação de Moro para ministro da Justiça", disse, e emendou: "Sabemos que cargo de ministro é cargo político, não técnico. Ele aceitou isso e tenta dizer que é técnico", disse a senadora.

A fala foi feita durante a Conferência Internacional em Defesa da Democracia, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em São Paulo. O evento contou com a presença do presidente da FPA, Marcio Pochmann, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além de outras figuras políticas e representantes da esquerda internacional.

A senadora acrescentou que, com Moro à frente do Ministério da Justiça, "teremos um estado policial" no País. "E achamos que esse estado vai ser opressor a quem fizer oposição ao governo". Gleisi fez críticas também ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, chamado de "Chicago Boy" pela petista.

"Teremos um estado opressor e a população submetida a um estado muito grave de proteção social", defendeu.

Na ocasião, a senadora destacou que a vitória de Jair Bolsonaro só foi possível pelo fato de Lula ter sido impedido de disputar o pleito. "Fernando Haddad fez campanha bonita, mas muito difícil, pois estávamos lutando contra uma fábrica de fake fews", disse a senadora.

Gleisi destacou que a campanha de Bolsonaro foi inspirada e coordenada por Steve Bannon, "homem do presidente americano Donald Trump". Marqueteiro, Bannon foi uma das principais cabeças responsáveis pela campanha vitoriosa de Trump na eleição norte americana..