O Ministério Público do Estado do Rio investiga movimentações atípicas em contas bancárias de assessores de 22 deputados estaduais do Estado, detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Um dos parlamentares cujos auxiliares estão sob investigação é o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro. O ex-assessor do parlamentar Fabrício José Carlos de Queiroz, de acordo com relatório produzido pelo Coaf na Operação Furna da Onça, movimentou, de 1 de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2017, R$ 1,2 milhão.
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O relatório também cita que foram detectadas na conta transações envolvendo dinheiro em espécie, embora Queiroz exercesse atividade cuja "característica é a utilização de outros instrumentos de transferência de recurso". Também foram achados depósitos de outros assessores de Flávio na conta de Queiroz.
O nome do ex-assessor consta da folha de pagamento da Alerj de setembro com salário de R$ 8.517.
O Coaf informou que foi comunicado das movimentações de Queiroz pelo banco. A instituição considerou que são "incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira" do ex-assessor parlamentar.
Defesa
O deputado Flávio Bolsonaro afirmou no sábado, 8, ter ouvido de Fabrício de Queiroz uma explicação para a movimentação atípica, mas se recusou a revelá-la.
O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou ter feito um empréstimo de R$ 40 mil a Queiroz, que teria feito o pagamento na conta de sua mulher Michelle. Ele e o ex-assessor teriam se conhecido em 1984, em um curso no Exército. Anos depois, o hoje presidente eleito o indicou para ser assessor de Flávio.
O assessor Queiroz não comenta o caso..