Os cerca de 600 mil servidores públicos mineiros seguem sem saber se terão parte do 13º salário pago este ano ou se ficará tudo para a gestão do próximo governador, Romeu Zema (Novo). A reunião sobre o assunto, que havia sido marcada desde a semana passada para ontem, foi cancelada pelo governo de Minas faltando menos de duas horas para ocorrer. Sem marcar uma nova data, o Executivo promete agora comunicar “algo concreto” até a próxima quarta-feira.
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Governo de MG cancela reunião sobre 13º, mas promete resposta semana que vemGoverno de Minas terá 72 horas para se manifestar sobre o 13º salário Governo de MG divulga escala de dezembro amanhã; 13º segue indefinidoGoverno de Minas adia anúncio da data de pagamento do 13º aos servidoresMulheres de PMs de Minas voltam a protestar contra atrasos de salários e 13º Presídio e porta de delegacia têm protesto por falta de pagamento do 13º em MinasServidores de MG protestam contra falta de pagamento do 13º salárioAté ontem, não houve nenhuma reunião dos representantes do governador Fernando Pimentel (PT) com a equipe de transição de Romeu Zema para tratar do assunto. Com base em diagnóstico sobre a situação fiscal do estado, apresentado esta semana, a equipe de transição acredita que o governo petista não deve conseguir pagar o benefício natalino, e esse gasto extra de R$ 2,450 bilhões deve sobrar para a próxima gestão.
De acordo com o secretário de Relações Institucionais, Carlos Calazans, a suspensão do encontro do comitê de representantes dos servidores e do estado, que seria ontem, ocorreu porque a Secretaria da Fazenda não conseguiu chegar aos números necessários para definir o pagamento. Em comunicado aos sindicatos, ele disse que o cancelamento foi “em virtude do acompanhamento do fluxo de caixa do estado”. Na nota, o governo não fala em nova reunião, prometendo divulgar um “comunicado”.
“O governo segue fazendo todo o esforço necessário a respeito do fluxo de caixa, mas como não tinha ainda esse fechamento financeiro de tudo, preferimos suspender”, explicou. De acordo com Calazans, o estado também vai informar se conseguirá estender a nova escala de pagamento de dezembro, relativa ao salário de novembro, para todo o funcionalismo.
O governo confirmou ontem uma parcela “extra” de R$ 2 mil para todos os funcionários da segurança e para os que trabalham na Fhemig, Hemominas e Ipsemg. Assim como os policiais militares, estes também terão mais R$ 2 mil na conta em 21 de dezembro.
As categorias seguem mobilizadas e pressionando diante da insatisfação com os atrasos. Nas últimas semanas, funcionários da saúde fizeram protestos na Cidade Administrativa. Os policiais civis pararam o Detran da Gameleira e, junto com os militares, se reuniram na Praça da Liberdade na quinta-feira em ato para reclamar o 13º. O Sindicato dos Servidores Públicos (Sindpúblicos) convocou uma paralisação na segunda-feira.
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