Jornal Estado de Minas

Presídio e porta de delegacia têm protesto por falta de pagamento do 13º em Minas


Mais um dia em que servidores da segurança pública do estado protestam por causa da indefinição do governo de Minas em relação ao pagamento do 13º salário. Nesta terça-feira, esposas de policiais se manifestaram na porta da 6ª Cia do 1º Batalhão da Polícia Militar, no Centro de Belo Horizonte, e agentes penitenciários fizeram operação no presídio de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.


Com cartazes e gritando palavras de ordem, seis mulheres foram para a porta da unidade da PM que fica na Rua Carijós. Na pauta do ato - assim como em ação semelhante realizada nessa segunda-feira na sede do 1º Batalhão -, está a mudança na forma de parcelamento do salário dos servidores do estado e, principalmente, a indefinição da data de depósito do 13° salário. “Estamos aqui, seis na Carijós, não tem hora para acabar, ninguém entra e ninguém sai”, informa uma das manifestantes em um vídeo divulgado em uma rede social.

Apesar disso, a assessoria da PM informou que o atendimento, além da saída e entrada de polícias da unidade não foi prejudicada e que o movimento durou cerca de 30 minutos. Seis mulheres encabeçavam o protesto.

Presídio com revista à risca


Já em relação ao Presídio de São Joaquim de Bicas 2, o movimento dos agentes causou atrasos na entrada de parentes de presos para o período de visitas.

Segundo o presidente do Sindicado dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais (Sindasp-MG), Adeilton de Souza Rocha, a operação faz parte de estratégia para chamar atenção quanto à “falta de compromisso” do governo do estado com a categoria e também pelo deficit de agentes.


“Estamos fazendo a 'operação legalidade'. Nessa situação o agente cumpre rigorosamente todos os itens a serem conferidos na entrada das penitenciárias. Aí um acaba fazendo serviço de cinco pessoas. Quando o agente cumpre à risca o procedimento, a revista acaba não acontecendo em tempo hábil. Mas não se trata de greve”, afirmou Adeilton.


Ainda de acordo com ele, o movimento é uma forma de pressionar o governo a cumprir o compromisso conosco sobre o salário e dar uma resposta sobre o 13º.


O movimento nos presídios vem ocorrendo desde o último fim de semana, quando foi realizado na Nelson Hungria e no presídio em Uberaba, e deve se intensificar nos próximos dias, caso permaneça o impasse.


De acordo com Adeilton, faltam cerca de cinco mil agentes penitenciários atualmente em Minas. “Só neste ano perdemos 1.300 ao longo do ano e mais cerca de 1.200 só agora em dezembro. Já a população carcerária continua crescendo”, disse.


De acordo com a Secretária de Planejamento e Gestão, por enquanto não há informação sobre uma possível data de pagamento do 13º.


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