O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) usou uma live no Twitter para explicar notícias divulgadas na imprensa nos últimos dias. Ele voltou a atacar o jornal Folha de S. Paulo e “outros veículos”, mas que não citou os nomes. Segundo ele, essas empresas de comunicação precisam atentar que o período eleitoral “já acabou”. No entanto, em sua fala ele não tratou de denúncias que estão relacionadas a ele como o caso Coaf.
Entre os assuntos comentados por Bolsonaro estão o pacto de migração com a ONU, os convites que foram desfeitos aos chefes de Estado de Cuba e Venezuela para a sua posse e a possível exploração das reservas indígenas Raposa Serra do Sol.
Em relação ao pacto com a ONU, o presidente eleito reafirmou que pretende revogar o acordo. "Não podemos concordar com isso daí", disse. "Não somos contra imigrantes, mas para entrar no Brasil tem de ter um critério rigoroso", acrescentou.
Sobre Cuba e Venezuela, repetiu que países que não contam com eleições ou fazem eleições fraudulentas não podem participar de uma "festa da democracia", em referência à posse.
O presidente eleito ainda tratou das reservas indígenas e disse que o índios “são seres humanos como nós” e que as tribos anseiam por se integrar ao formato de sociedade das cidades. “Índio quer se integrar à sociedade. Índio quer médico, dentista, quer jogar bola, quer internet, quer tomar um banho com sabonete, quer tratar os seus dentes, quer eletricidade para mover sua casa de farinha. Ou seja, ele quer se integrar a sociedade. É um ser humano exatamente igual a nós”, disse.
Ele afirmou que no país, o índio não continuar vivendo “como na idade da pedra”. Bolsonaro citou o exemplo do presidente da Bolívia, Evo Morales, que é índio. Ainda de acordo com ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) precisa “acordar” e permitir que a reserva Raposa Terra do Sol seja explorada.
Com Estadão Conteúdo