Jornal Estado de Minas

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Deputada culpa TRE por briga com socos na diplomação dos eleitos em MG


Dona do cartaz que acabou causando uma troca de socos inédita entre dois parlamentares eleitos por Minas Gerais, no Palácio das Artes, na noite da diplomação nessa quarta-feira (19), a sindicalista Beatriz Cerqueira (PT), eleita para a Assembleia de Minas, culpou o Tribunal Regional Eleitoral pela confusão.

Em texto nas redes sociais, ela afirma que chegou a consultar o órgão e que não havia qualquer impedimento para segurar a placa com os dizeres “Lula Livre”. A parlamentar pede ao cerimonial do evento que devolva o material que foi arrancado de suas mãos pela mestre de cerimônia.

“É um objeto que não lhe pertence e não tem o direito de ficar com ele. Fica apenas com a responsabilidade do que fez hoje e com silêncio e omissão que teve diante da hostilidade que pessoas com pensamento diferente vivenciaram”, afirmou Beatriz Cerqueira, se dirigindo ao TRE.



Segundo Cerqueira, a mestre de cerimônias resolveu atender aos apelos de parte da plateia e a um outro deputado, que a incentivou a tomar a placa. "A exceção de estado fica nítida quando uma mestre de cerimônia toma partido, concorda com a opinião de convidados que gritavam na plateia e de outro deputado que estava sendo diplomado e se sente no direito de arrancar das mãos de uma deputada eleita que estava sendo diplomada a sua identidade partidária", disse.

Os ânimos, que já estavam acirrados, se exaltaram de vez depois que a mestre de cerimônias arrancou a placa de “Lula Livre” das mãos da deputada eleita, que estava sentada na primeira fileira do palco e exibia o recado desde o início do evento, causando desconforto a parte da plateia.

Assim que ela teve o material subtraído, o correligionário deputado Rogério Correia (PT) foi ao centro do palco exibir outro cartaz com o mesmo recado. Neste momento, o deputado federal eleito Cabo Juno Amaral (PSL) arrancou a placa do petista, que reagiu com um soco. Cabo Amaral revidou com outro soco e os colegas precisaram apartar a briga.

Até a manhã desta quinta-feira (20) o TRE ainda não se posicionou sobre o caso.
Na noite de ontem, o presidente do órgão Pedro Bernardes disse que iria se inteirar do ocorrido para se pronunciar.

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