O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, deverá participar da cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de acordo com a Embaixada de Israel. A informação veio um dia depois de a própria embaixada informar que ele viria nesta semana ao Brasil, mas provavelmente não ficaria até o dia 1.º por problemas na política interna de seu país. Netanyahu teria mudado de ideia nesta quarta-feira, 26.
Bolsonaro usou sua conta no Twitter para informar que vai se reunir com o israelense na sexta-feira, dia 28. Eles vão almoçar juntos no Forte de Copacabana, no Rio.
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Durante a campanha, Bolsonaro prometeu mudar a embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém, reconhecendo a reivindicação de Israel sobre a cidade. O anúncio causou polêmica no Brasil e na própria equipe do futuro governo, uma vez que ela se choca com o posicionamento dos países árabes, que apoiam Israel, e com deliberações da ONU. Os países árabes são um mercado de US$ 13 bilhões por ano e importam principalmente produtos do agronegócio como açúcar e carnes.
A vinda de Netanyahu está sob ameaça porque os líderes dos partidos da coalizão governista fecharam um acordo para dissolver o Parlamento e realizar novas eleições em abril do próximo ano. Essa medida foi necessária depois que a coalizão não conseguiu apoio para aprovar uma legislação que convoca judeus ultraortodoxos para o serviço militar.
O atual primeiro-ministro vai concorrer a um novo mandato e, segundo as pesquisas, é líder na intenção de votos. Seu mandato acabaria em novembro de 2019. Ele está há uma década no poder.