Os servidores públicos de Minas Gerais terminarão o ano sem receber o 13º salário. Em nota divulgada nesta sexta-feira, o governo informou que lamenta o não cumprimento do abono de Natal, “apesar de todos os esforços financeiros realizados, não conseguiu viabilizar o seu pagamento no exercício de 2018”.
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Equipe de Zema espera herdar dívida do 13º dos servidores de PimentelServidores de MG passarão Natal sem saber quando terão 13º deste anoGoverno de Minas adia para esta sexta-feira divulgação da escala de pagamento do 13º'Com certeza esse 13º não será pago tão cedo', diz Romeu Zema sobre abono de 2018 Servidor mineiro poderá pagar IPVA até abril 'Não temos como dar uma previsão', diz futuro secretário da Fazenda de Minas sobre 13º de servidores“Foi aguardado até o último momento um crédito de R$ 200 milhões, por parte do governo federal, referente à 'compensação financeira em função da perda de receita decorrente da desoneração de ICMS sobre exportações de bens e da concessão de créditos nas operações anteriores', aprovada no Congresso Nacional (PLP 511/2018). O Governo Federal informou que este crédito só será repassado em 2019”, diz a nota.
Ainda de acordo com o texto, outra importante perda de recursos ocorreu com o leilão da securitização das dívidas; Como não houve oferta com o desconto permitido, o estado deixou de arrecadar R$ 200 milhões. Os valores, segundo o governo, seriam suficientes para quitar o décimo-terceiro de todos os servidores ativos e inativos do Executivo.
O pagamento da segunda parcela da folha de novembro foi quitado nesta sexta-feira para todos os servidores. A primeira parcela foi paga no dia 13.
Reação
Em nota divulgada à imprensa, o deputado estadual Rogério Correia (PT) e a deputada estadual eleita Beatriz Cerqueira – que já presidiu o Sindicato Único dos Trabalhadores na Educação em Minas Gerais (SindUte) – criticaram o não pagamento do abono de Natal para os servidores.
“Repudiamos e criticamos o governo do Estado que não criou condições para que isso acontecesse e repudiamos também o boicote do governo Temer que corroborou para esta situação lamentável. Repudiamos também a posição do Secretário de Estado da Fazenda que, mesmo diante da decisão do governo e da previsão legal, não fez a incorporação do último abono da educação. Seu comportamento expressou desrespeito a um direito já conquistado pela categoria e agiu de má-fé uma vez que todas as garantias foram dadas pelo governo de que o abono seria incorporado”.
"Calote"
Por meio de nota divulgada na noite desta sexta-feira (28) o governador eleito Romeu Zema (Novo) lamentou a falta do pagamento e considerou um "calote" do governador Pimentel.
"O governo eleito lamenta a falta do pagamento e só vai se pronunciar oficialmente sobre o calote no 13º salário dado pela atual gestão petista nos servidores mineiros quando tiver acesso ao fluxo de caixa a às reais condições financeiras do Poder Executivo", diz a nota.