Poucos minutos após entregar o comando do governo de Minas ao governador Romeu Zema (Novo) em cerimônia na Assembleia Legislativa, o ex-governador Fernando Pimentel (PT) postou nas redes sociais uma mensagem de despedida, citando o “período difícil” que Minas atravessou nos últimos anos e desejando sucesso ao seu sucessor.
Segundo Pimentel, sua gestão no Palácio da Liberdade coincidiu com a maior crise econômica, política e institucional da história do Brasil.
“Governamos Minas no período mais difícil da República. Enfrentamos a maior crise da nossa história. E em nenhum momento nos afastamos do nosso compromisso com a inclusão social, com a busca do desenvolvimento sustentável, com a justiça e com a solidariedade”, afirmou Pimentel.
O petista afirmou que trabalhou de forma incessante durante os quatro anos e destacou os resultados de seu governo na área da segurança pública, no apoio à agricultura familiar e meio ambiente.
Pimentel lembrou que herdou um governo em crise das gestões do PSDB. “Infelizmente, a crise fiscal que herdamos impediu maiores avanços. Escolhas difíceis foram feitas”, diz no comunicado.
O ex-governador não citou em sua despedida os atrasos nos pagamentos aos servidores do estado, mas avaliou que foi possível manter as atividades do estado em funcionamento.
“O mais importante, conseguimos manter as atividades essenciais funcionando plenamente. A polícia está nas ruas, hospitais e escolas funcionam, as estradas estão conservadas, enfim, Minas está de pé”, disse.
Veja a íntegra da mensagem de Fernando Pimentel:
Chega-se ao governo quase sempre com a arrogância das verdades absolutas e a certeza das definições pré-concebidas.
Certamente esse não foi o meu caso, porque quase 30 anos de vida pública me protegeram dessa ilusão.
Mas quando se deixa o cargo, após quatro anos de trabalho incessante e penoso, inevitavelmente o fazemos com a humildade da experiência e com a consciência das limitações que o exercício democrático do poder impõe a quem desempenha a tarefa com compromisso ético e cidadão.
Governamos Minas no período mais difícil da República. Enfrentamos a maior crise econômica, política e institucional da nossa história. E em nenhum momento nos afastamos do nosso compromisso com a inclusão social, com a busca do desenvolvimento sustentável, com a justiça e com a solidariedade.
E, o mais importante, conseguimos manter as atividades essenciais funcionando plenamente. A polícia está nas ruas, hospitais e escolas funcionam, as estradas estão conservadas, enfim, Minas está de pé.
Tivemos resultados importantes na segurança, no apoio à agricultura familiar e aos produtores rurais em geral, no meio ambiente, na modernização tributária, na atração de investimentos, na assistência social e na educação. Infelizmente, a crise fiscal que herdamos impediu maiores avanços. Escolhas difíceis foram feitas, mas conseguimos evitar que os serviços públicos em Minas entrassem em colapso, como lamentavelmente sucedeu com outros estados da federação.
Ao final dessa etapa, há que agradecer. Em primeiro lugar ao povo mineiro, que me elegeu e apoiou nas escolhas que fizemos nesse período. Aos poderes constituídos, Legislativo e Judiciário, e ao Ministério Público: com todos eles construímos um ambiente de harmonia e cooperação em prol dos mineiros, sem jamais abrir mão dos deveres constitucionais de cada um. Da mesma forma e pelo mesmo motivo, agradeço ao Tribunal de Contas do Estado.
Agradeço a minha equipe, leal e operosa, com a qual dividi as agruras do Governo. A minha família, minha esposa e companheira, aos meus filhos, pelo carinho e pela compreensão, em meio à tempestade desse período. E a Deus, por nos dar paciência, discernimento e capacidade de resistir à atribulação. Desejo ao novo governador sorte e sucesso no seu mandato.
Encerro mais uma etapa da caminhada que minha geração começou há cinquenta anos, na luta contra a ditadura, pelas liberdades democráticas, pelos direitos civis e pela justiça social. Novos desafios se levantam, outros embates virão. Mas os sonhos, esses não envelhecem, já disse o poeta. Renovo meu sonho, com o sentimento profundo das palavras bíblicas: “combati o bom combate e guardei a minha fé.”
Feliz 2019 a cada um dos mineiros e mineiras!
Segundo Pimentel, sua gestão no Palácio da Liberdade coincidiu com a maior crise econômica, política e institucional da história do Brasil.
“Governamos Minas no período mais difícil da República. Enfrentamos a maior crise da nossa história. E em nenhum momento nos afastamos do nosso compromisso com a inclusão social, com a busca do desenvolvimento sustentável, com a justiça e com a solidariedade”, afirmou Pimentel.
O petista afirmou que trabalhou de forma incessante durante os quatro anos e destacou os resultados de seu governo na área da segurança pública, no apoio à agricultura familiar e meio ambiente.
Pimentel lembrou que herdou um governo em crise das gestões do PSDB. “Infelizmente, a crise fiscal que herdamos impediu maiores avanços. Escolhas difíceis foram feitas”, diz no comunicado.
O ex-governador não citou em sua despedida os atrasos nos pagamentos aos servidores do estado, mas avaliou que foi possível manter as atividades do estado em funcionamento.
“O mais importante, conseguimos manter as atividades essenciais funcionando plenamente. A polícia está nas ruas, hospitais e escolas funcionam, as estradas estão conservadas, enfim, Minas está de pé”, disse.
Veja a íntegra da mensagem de Fernando Pimentel:
Chega-se ao governo quase sempre com a arrogância das verdades absolutas e a certeza das definições pré-concebidas.
Certamente esse não foi o meu caso, porque quase 30 anos de vida pública me protegeram dessa ilusão.
Mas quando se deixa o cargo, após quatro anos de trabalho incessante e penoso, inevitavelmente o fazemos com a humildade da experiência e com a consciência das limitações que o exercício democrático do poder impõe a quem desempenha a tarefa com compromisso ético e cidadão.
Governamos Minas no período mais difícil da República. Enfrentamos a maior crise econômica, política e institucional da nossa história. E em nenhum momento nos afastamos do nosso compromisso com a inclusão social, com a busca do desenvolvimento sustentável, com a justiça e com a solidariedade.
E, o mais importante, conseguimos manter as atividades essenciais funcionando plenamente. A polícia está nas ruas, hospitais e escolas funcionam, as estradas estão conservadas, enfim, Minas está de pé.
Tivemos resultados importantes na segurança, no apoio à agricultura familiar e aos produtores rurais em geral, no meio ambiente, na modernização tributária, na atração de investimentos, na assistência social e na educação. Infelizmente, a crise fiscal que herdamos impediu maiores avanços. Escolhas difíceis foram feitas, mas conseguimos evitar que os serviços públicos em Minas entrassem em colapso, como lamentavelmente sucedeu com outros estados da federação.
Ao final dessa etapa, há que agradecer. Em primeiro lugar ao povo mineiro, que me elegeu e apoiou nas escolhas que fizemos nesse período. Aos poderes constituídos, Legislativo e Judiciário, e ao Ministério Público: com todos eles construímos um ambiente de harmonia e cooperação em prol dos mineiros, sem jamais abrir mão dos deveres constitucionais de cada um. Da mesma forma e pelo mesmo motivo, agradeço ao Tribunal de Contas do Estado.
Agradeço a minha equipe, leal e operosa, com a qual dividi as agruras do Governo. A minha família, minha esposa e companheira, aos meus filhos, pelo carinho e pela compreensão, em meio à tempestade desse período. E a Deus, por nos dar paciência, discernimento e capacidade de resistir à atribulação. Desejo ao novo governador sorte e sucesso no seu mandato.
Encerro mais uma etapa da caminhada que minha geração começou há cinquenta anos, na luta contra a ditadura, pelas liberdades democráticas, pelos direitos civis e pela justiça social. Novos desafios se levantam, outros embates virão. Mas os sonhos, esses não envelhecem, já disse o poeta. Renovo meu sonho, com o sentimento profundo das palavras bíblicas: “combati o bom combate e guardei a minha fé.”
Feliz 2019 a cada um dos mineiros e mineiras!