O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) foi transferido do extinto Ministério da Fazenda para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A alteração está na medida provisória (MP) nº 870, divulgada na noite desta terça-feira (1º), em edição extra do Diário Oficial da União. A medida provisória trouxe a organização dos órgãos da Presidência da República e dos ministérios. Além da MP, hoje (2), um decreto com o estatuto do Coaf foi publicado com o conselho integrando o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Coaf é responsável por ações de inteligência para prevenir a lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e o financiamento do terrorismo. O Coaf recebe, examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades competentes.
Na MP, ficou definido que o presidente do Coaf será indicado pelo ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e nomeado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
O órgão foi justamente o que identificou “movimentações atípicas” na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz, no total de R$ 1,2 milhão. Queiroz trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho de Bolsonaro, até outubro de 2018. O presidente nega envolvimento com o caso.
Leia Mais
Coaf produziu mais de 7 mil relatórios de inteligência em 2018Caso Coaf não é assunto de governo, diz futuro ministro da Secretaria de Governo'Sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro', diz Queiroz sobre caso CoafBolsonaro usa live em rede social para comentar notícias, mas não cita caso Coaf Bolsonaro e Flavio aparecem juntos, mas se calam sobre caso CoafMilitares reconhecem 'incômodo' com caso CoafMP do Rio deve ouvir nesta terça-feira mulher e filhas de Queiroz'Não pretendo conversar com Queiroz', diz BolsonaroMoro promete combate à corrupção e liberdade a órgãos como o CoafAgricultura será responsável por demarcação de terras indígenas e quilombosEm outros decretos publicados hoje no Diário Oficial da União, Bolsonaro exonerou o atual presidente do Coaf, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, e nomeou Roberto Leonel de Oliveira Lima para o cargo. Lima é auditor-fiscal da Receita Federal a atuava na força-tarefa da Operação Lava Jato.
.