Depois de dizer, no dia seguinte à posse, que o 13º dos cerca de 600 mil servidores públicos mineiros não seria quitado tão cedo, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta sexta-feira (4) que fará o “impossível” para pagar o benefício ainda neste ano. Embora não tenha dado certeza, ele adiantou, em entrevista à Globo News, que os valores serão parcelados e vão fazer falta no repasse às prefeituras.
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'Com certeza esse 13º não será pago tão cedo', diz Romeu Zema sobre abono de 2018 Governo Zema diz que exonerações foram para 'reparar' ato de PimentelZema enfrenta primeiro protesto de servidores na Cidade AdministrativaMG recebe técnicos para iniciar renegociação de dívida com UniãoGoverno de Minas anuncia parcela maior para servidores da saúde e segurançaSindicato de policiais entra com ação contra governo de Minas pelo 13º salárioServidores da Segurança Pública de Minas protestam contra parcelamento e atraso do 13º'Notícia' sobre escala de janeiro de servidores de MG é falsaMulher de Paulo Brant será presidente do Servas no governo Zema“Gostaríamos de pagar esse 13º, vai ter que ser em parcelas, durante esse exercício de 2019. Vamos fazer o máximo, sei que há uma insatisfação muito grande do funcionalismo e dou toda a razão a eles, mas não estou escondendo dinheiro. Na hora de pagar o funcionalismo vou deixar de pagar prefeitos e vice versa.”
O governador disse que vai tentar conciliar para que haja o menor impacto para ambos.
Em nota divulgadas no início da tarde, o governador afirmou que apenas depois da análise da Secretaria da Fazenda será divulgada a escala de pagamento do salário de dezembro.
Prioridade para pagamento
Questionado se haveria possibilidade de não conseguir pagar o benefício deixado pelo antecessor Fernando Pimentel (PT) neste ano, Zema disse que fará o possível e o impossível.
Segundo ele, o estado conseguirá pagar os funcionários quando a renegociação da dívida com o governo federal for concretizada.
“Quero priorizar esse pagamento, é um direito do funcionalismo e não quero fique isso em aberto. Quero que seja pago durante o decorrer deste ano, mas não quero afirmar isso agora porque os dados estão sendo levantados”, afirmou.
Privatizações e Previdência
Ainda na esfera do funcionalismo, Zema afirmou que pretende rever a alíquota de contribuição dos servidores para a Previdência, já que, segundo ele, é nela que está o maior rombo do estado.
“Vamos ter de mexer na questão da Previdência de Minas, porque hoje ela é a causa de maior rombo nas contas. Vai ser necessário rever alíquotas, ainda não tenho esses números porque sendo levantado pela Secretaria de Fazenda”, afirmou.
Sobre as contrapartidas à renegociação da dívida com a União, Zema disse que há subsidiárias da Cemig e empresa do estado que podem ser privatizadas sem a necessidade de autorização Legislativa. Para as outras, disse acreditar que os deputados estaduais aprovarão as reformas necessárias ao estado.
DNA de Bolsonaro
Na entrevista, Zema também falou sobre a identidade dos ideiais do seu partido com os do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“O DNA coincide 99,5 %. Em pouquíssima coisa talvez não estejamos alinhados”, disse. Segundo Zema, a principal diferença em relação ao presidente são os discursos dele, “um tanto quanto mais exaltados”. “Somos comedidos”, explicou. .