O presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) passou o primeiro fim de semana após a posse com a família na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência em Brasília. Sem nenhuma agenda oficial, a movimentação de seus perfis nas redes sociais foi acima da média.
No Instagram, o presidente publicou fotos descansando, incluindo uma em que tem a seu lado a cachorra Beretta, que pertence ao filho Eduardo. Em outra, está com o filho Carlos Bolsonaro, que cuidou do gerenciamento das redes sociais do pai durante a campanha eleitoral e ganhou carona no Rolls Royce presidencial durante a cerimônia do dia 1º de janeiro.
Bolsonaro também usou a internet para tratar de temas que apelam à sua base eleitoral, como segurança e corte de gastos públicos. Neste domingo, ele republicou uma mensagem do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre um contrato de aluguel de viaturas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e deu a entender que haveria alguma irregularidade na contratação de R$ 28,7 milhões. O órgão respondeu com a informação de que o contrato cobre o aluguel de viaturas em todo o País, com aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) e disse que a postagem demonstrava "completo desconhecimento" sobre o órgão.
Em um vídeo, também publicado no Twitter, Bolsonaro mostrou imagens de uma viatura da Polícia Militar de Santa Catarina (é possível identificar o nome da cidade de Itajaí em uma inscrição no carro), em que um homem quebra com os pés o vidro traseiro do carro, e se joga no chão através da janela quebrada. No vídeo, uma mulher que acompanha a cena acusa os PMs de terem agredido, anteriormente, o homem - que tem um sangramento na cabeça - e os policiais negam.
"Meliantes se autoagridem para que (em) AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA, na frente do juiz e do policial se vitimizem e digam que tiveram os direitos humanos desrespeitados e então sejam soltos", concluiu o presidente sobre o vídeo.
Neste sábado, ele também se envolveu com uma polêmica com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP), em que discutiram "anti-intelectualismo" nas redes sociais. Após um site de notícias ter divulgado que o presidente teria bloqueado, no Twitter, seu adversário no segundo turno das eleições presidenciais, Bolsonaro disse ser "mentira".
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