Um grupo com representantes dos municípios mineiros e do governo estadual ficará encarregado de discutir uma escala de pagamento para os R$ 12,3 bilhões devidos pelo Executivo às prefeituras. O dinheiro refere-se a repasses de ICMS, IPVA, transporte escolar e Fundeb que não foram realizados durante a gestão de Fernando Pimentel (PT).
Leia Mais
AMM se reúne com ministro do STF para garantir que governo de MG regularize repasses Câmara aprova projeto que afrouxa Lei de Responsabilidade Fiscal para municípiosDívidas do estado com municípios deixam prefeitos de joelhos por dinheiro em MinasToffoli suspende bloqueio de R$ 443 milhões das contas de Minas GeraisProjeto prevê que governo de MG assuma dívidas de municípios com BDMGDiante de novo atraso em repasse de verbas, prefeitos cobram explicações do governo ZemaAté o final desta semana serão indicados nomes das secretarias da Fazenda e Planejamento, da Advocacia Geral do Estado (AGE) e da Associação Mineira dos Municípios (AMM).
“Precisamos receber o atrasado, mas o principal agora é a regularização dos repasses, que é um pré-requisito para a construção do acordo”, afirmou o presidente da AMM, Julvan Lacerda, também prefeito de Moema.
Segundo ele, na gestão de Romeu Zema (Novo) já foram transferidos para as prefeituras R$ 335,7 milhões em ICMS, Fundeb e IPVA. Até o final do dia é esperado um repasse de mais R$ 46,5 milhões em ICMS. O IPVA é repassado diariamente, enquanto o ICMS é depositado nas contas no segundo dia útil da semana subsequente à arrecadação – normalmente às terças-feiras, exceto quando há feriado.
A parcela referente à primeira semana do governo (R$ 171,9 milhões) estava atrasada, mas diante de um desbloqueio de R$ 443 milhões nas contas de Minas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o Tesouro estadual conseguiu quitar a parcela na noite dessa segunda-feira.
Ainda de acordo com Julvan Lacerda, embora a expectativa em relação ao governo Zema seja positiva, os municípios continuam com problemas financeiros no caixa, resultado da irregularidade dos repasses durante a gestão de Pimentel. “Vai levar um tempo para normalizar a situação. Muitas prefeituras continuam com muita dificuldade”, disse. .