Três suspeitos de participar da tentativa de ataque a uma igreja em Brazlândia, no Distrito Federal, foram soltos nesta quarta-feira, 9, por falta de provas após passar nove dias na cadeia. Eles também eram investigados por uma ameaça de atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), em um caso investigado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pela Polícia Federal desde dezembro.
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Em uma audiência de custódia no mesmo dia da prisão, o juiz substituto André Gomes da Silva havia concedido prisão preventiva em flagrante contra os três suspeitos. Entre as provas que a polícia apresentou estava um manual de como fabricar bombas caseiras e tubos de vidro com substância não identificada, além de "rebites e bolas de gude". "Há fundada suspeita de tratar-se de substância explosiva", decidiu o juiz, sobre o conteúdo do vidro.
A reportagem apurou que os suspeitos alegaram que o líquido seria "medicina fitoterápica", e que o manual em questão não pertenceria a nenhum deles.
Na audiência, horas após a prisão, o juiz também levou a consideração uma informação da polícia de que as postagens, no mesmo site em que as ameaças a Bolsonaro foram publicadas, haviam cessado "subitamente".
No entanto, o site Maldição Ancestral - onde também há ameaças à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e ao presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Sergio da Rocha - publicou novos textos nos dias 3 e 6 de janeiro, dias em que os suspeitos estavam presos. A primeira mensagem do ano, inclusive, diz que o grupo segue "livre e impune".
ITS
Denominado ITS-Brasil, ou Sociedade Secreta Silvestre, o grupo que assumiu autoria do ataque é alvo de investigação que envolve a colaboração de agências de inteligência internacionais, segundo a polícia.
Ataques reivindicados em países como Chile, Argentina e México por grupos que atuariam em redes motivou o compartilhamento de informações. No Brasil, a polícia também investiga ataques reivindicados desde 2016, especialmente a explosão de um artefato na rodoviária de Brasília em 2016. "O arquivamento desse processo não quer dizer que essa investigação teve fim", disse o delegado Fernando César. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..