Outro homem, que veste a camisa Atlético, completa: "Essa galera do Nordeste tem que parar de gastar o dinheiro que o Sudeste produz". Em seguida o rapaz que começou o vídeo concorda: "Exatamente, a gente tá cansado de produzir e aí vai lá e mula e aí vai lá, não sei o que, não tem água...", declara.
A gravação, que dura 30 segundos, foi associada à empresa pernambucana Dragão, fábrica de água sanitária, que atua também nos estados de Alagoas e Ceará. A descrição do vídeo diz que um dos homens que aparece nas imagens seria filho do dono da marca.
O gerente comercial da Dragão, Evyo Vieira de Melo, neto do já falecido fundador da empresa, Godofredo de Abreu e Lima, falou com a reportagem sobre o assunto. "Nossa empresa foi fundada há 70 anos pelo nosso avô e lamento profundamente que este vídeo tenha sido atribuído de maneira irresponsável a um membro da nossa família. Não conhecemos este rapaz. Produzimos em vários estados da região e repudiamos estas atitudes".
Nas redes sociais, a Dragão esclareceu que não tem ligação com as pessoas do vídeo e repudiou as delcarações xenófobas.
Confira a nota na íntegra
Vimos esclarecer ao público, bem como aos nossos consumidores o nosso repúdio ao conteúdo veiculado no vídeo e nas mensagens que circulam nas redes sociais envolvendo o nome da marca DRAGÃO, caracterizando portanto #FAKENEWS.
Ressaltamos, contudo, que a DRAGÃO é uma empresa genuinamente NORDESTINA com muito orgulho, tendo fábricas nos estados de PERNAMBUCO, ALAGOAS E CEARÁ atuando há mais de 70 anos no mercado do Norte/Nordeste.
Lembramos ainda que o compartilhamento de #FAKENEWS é crime, previsto em lei.