As manifestações organizadas em todo o país contra o fechamento da Justiça do Trabalho chegam a Belo Horizonte na próxima segunda-feira (21). Foi para esta data que advogados e magistrados trabalhistas marcaram protesto às 8h30 na porta do prédio que sedia a Justiça do Trabalho, no Barro Preto.
O ato terá representantes da Associação Mineira dos Advogados Trabalhistas (AMAT); Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais (OAB-MG); Tribunal Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Associação dos Magistrados Trabalhistas de Minas Gerais; Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário (Sintraemg) e do Sindicato dos Servidores.
A mobilização começou depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) falou, em entrevista, sobre o que considera um excesso de proteção da classe trabalhadora e na defesa que fez do fechamento das varas do trabalho. “Qual país do mundo que tem? Tem que ser Justiça comum e a sucumbência”, afirmou ao SBT.
Na ocasião, o presidente disse ainda que o Brasil tem mais ações trabalhistas que outros países e que, havendo clima, seu governo pode propor a extinção da Justiça do Trabalho.
Os profissionais da área do direito do trabalho defendem o não fechamento. Segundo o presidente da AMAT, Marco Antônio Freitas, o movimento nacional não tem conotação política, mas técnica. “O órgão está inserido na Constituição Federal, trata-se de uma cláusula pétrea”, defende.
Além de Belo Horizonte, estão programadas manifestações em Juiz de Fora, Governador Valadares, Muriaé, Coronel Fabriciano, João Monlevade, Uberaba, Contagem, Patos de Minas, Varginha, Pouso Alegre e Divinópolis.