Os prefeitos aprovaram em assembleia, na manhã desta segunda-feira (21), o adiamento do início das aulas escolares para depois do carnaval. Segundo o presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Lacerda, a partir da orientação, os prefeitos devem comunicar a medida ao Ministério Público e à comunidade.
Embora a decisão não tenha sido unânime, a AMM pede a adesão de todas as prefeituras para pressionar o estado a colocar os repasses constitucionais em dia.
Além de ser uma forma de pressão, a proposta de adiar o início das aulas foi apresentada como uma forma de economizar. Vários prefeitos se queixam de estar precisando usar recursos próprios para custear os serviços da educação.
De acordo com a AMM, a dívida do governo de Minas com o transporte escolar já é de R$ 152 milhões e a do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) é de R$ 5,3 bilhões.
Cidade administrativa
Após a assembleia, na sede do Crea, em Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira, os prefeitos decidiram seguir para a cidade administrativa, no início da tarde de hoje, para cobrar diretamente uma resposta do Estado.
Um representante do governador Romeu Zema ligou para o presidente da AMM, Julvan Lacerda, durante a reunião. Após interromper o encontro e falar com ele, Julvan disse que Zema ficou de dar uma resposta aos prefeitos ainda nesta segunda-feira (21).
Os prefeitos seguem agora em carreata para a cidade administrativa.