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Estado de Minas CRISE EM MG

Vice de Zema diz que é preciso escolher se paga prefeitos ou servidores

Segundo Paulo Brant, que prometeu uma resposta aos municípios até sexta-feira, os recursos são insuficientes para fechar a conta


postado em 22/01/2019 11:50 / atualizado em 22/01/2019 12:32

Brant também afirmou que hoje a situação de Minas é pior que a do Rio de Janeiro(foto: Juarez Rodrigues / EM / D.A. Press)
Brant também afirmou que hoje a situação de Minas é pior que a do Rio de Janeiro (foto: Juarez Rodrigues / EM / D.A. Press)

O governador Romeu Zema (Novo) adiou o anúncio de uma solução aos prefeitos para o atraso nos repasses constitucionais, que havia prometido para até a manhã desta terça-feira (22). Em vez do pronunciamento, coube ao vice-governador Paulo Brant dizer que a resposta será dada até esta sexta-feira (25).

Em entrevista à Rádio CBN, Brant reconheceu que os administradores municipais tem razão sobre a queixa e que o estado fica “envergonhado” com a situação. “Os prefeitos tem razão, o estado tem que repassar integralmente o que é devido”, afirmou.

Porém, segundo Brant, desde que Zema assumiu, a arrecadação mensal não é suficiente para pagar prefeitos e servidores, mesmo com atraso.

“O que o estado arrecada não dá conta de pagar o servidor, mesmo atrasado, e o repasse do município. É um ou outro, ou uma parte de um e uma parte de outro. É inadmissível, ficamos até envergonhados mas não consigo aumentar receita a curto prazo e a despesa é dada, então é uma escolha de sofia”, afirmou.

Polícia


O vice-governador não comentou o uso das forças policiais para fazer uma barreira para os prefeitos que foram ontem à Cidade Administrativa. Centenas deles foram à sede do governo tentar falar com Zema após aprovar, em assembleia da Associação Mineira de Municípios (AMM) a diretriz de entrar com um pedido de impeachment de Zema no dia 1º de fevereiro, caso ele não regularize os repasses.

Brant disse que o governo está “raspando todo o dinheiro que puder economizar”. Segundo ele, até sexta-feira o Executivo informará a partir de que data os repasses serão regularizados.

Na entrevista, o vice de Zema afirmou que a situação de Minas Gerais hoje é pior que a do Rio de Janeiro. De acordo com ele, além do déficit de cerca de R$ 15 bilhões no orçamento deste ano, há a dívida com os prefeitos e cerca de R$ 6 bilhões relativos aos depósitos judiciais usados por Pimentel, além de valores a serem pagos a fornecedores.

De acordo com a AMM, a dívida do governo Zema com as prefeituras é de R$ 342 milhões. Ele também herdou uma dívida do governo Fernando Pimentel (PT) com os municípios que chega a R$ 12,6 bilhões.

 

Pelas redes sociais, no domingo, Romeu Zema também prometeu dar uma resposta aos servidores sobre o 13º salário do ano passado


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