Brasília – O vice-presidente Hamilton Mourão disse estar confiante numa rápida recuperação do presidente Jair Bolsonaro. “O presidente vai voltar zerado”, disse Mourão. “Estou muito otimista.” Na manhã de ontem, Mourão deixou o Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência, para se exercitar. Foi quando conversou com a reportagem. Ao lado de um segurança, ele correu seis quilômetros em pistas próximas à Vila Planalto, núcleo de residências no entorno do Jaburu e do Palácio da Alvorada.
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Hospital Albert Einstein divulgará boletim médico após cirurgia de BolsonaroBolsonaro será submetido hoje a terceira cirurgia; dessa vez para reverter colostomiaGSI montou gabinete para Bolsonaro ao lado do quarto no hospitalEle assume hoje interinamente a Presidência da República pela segunda vez. O vice já tinha ocupado o cargo na semana passada, durante viagem de Bolsonaro a Davos, onde o presidente participou do Fórum Econômico Mundial.
No primeiro teste no comando do país, o general da reserva se mostrou muito à vontade no cargo. Deu muitas entrevistas, recebeu visitas oficiais, participou das comemorações dos 356 anos do Correio e assinou o polêmico decreto que amplia o número de servidores comissionados com permissão para atribuir sigilo a dados.
A medida, assinada na quarta-feira pelo presidente em exercício, preocupou especialistas em transparência. “Ultrassecreto não é o funcionário de nível mais baixo, só o ministro é que pode dar a classificação, o funcionário de nível mais baixo não vai colocar ultrassecreto”, declarou Mourão, após reações negativas.
De acordo com ele, a transparência das informações está mantida. “As coisas aqui no Brasil são raríssimas as que são ultrassecretas – planos militares, alguns documentos do Itamaraty, alguns acordos firmados, muito pouca coisa”, disse.
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