Brasília – O governo de Minas Gerais deve entregar uma primeira versão de seu plano de recuperação fiscal em fevereiro, disse o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
Ele lembrou que a gestão anterior do estado não havia sequer demonstrado interesse em aderir ao socorro, que requer uma série de contrapartidas, como aumento da alíquota previdenciária de servidores e privatizações, mas destacou que o novo governo já recebeu uma missão técnica do Tesouro e está elaborando o plano.
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Zema se reúne com Bolsonaro para discutir renegociação de dívida de Minas com a UniãoZema anuncia que 13º dos servidores de Minas será pago em 11 vezes a partir de fevereiro Zema anuncia a prefeitos: 'Em 10 dias repasses serão feitos pontualmente'Regras Medidas de ajuste para Estados em dificuldades financeiras estão, em boa parte, nas mãos dos próprios governos estaduais, ressaltou ontem Mansueto Almeida. Ele negou que a União pretenda flexibilizar as exigências do Regime de Recuperação Fiscal para que mais estados possam acessar o programa de socorro e lembrou que o problema da maioria dos governadores hoje não é o pagamento da dívida, mas sim a folha de pessoal.
O secretário disse ainda que é inconstitucional o governo federal emprestar dinheiro para os estados pagarem pessoal. No fim de 2017, o Rio Grande do Norte tentou obter recursos da União para esse fim, mas o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu uma “nota dura”, lembrou Mansueto, avisando que todos os gestores seriam responsabilizados. “Se o estado aprovou uma série de reajustes e vinculações, aí a União tem que emprestar para eles pagarem? Não é assim que funciona uma federação. O que temos feito é ajudar estados a mapear tudo isso”, ressaltou Mansueto. “Eles pedem ajuda, mas a gente coloca a legislação.”
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