O porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou na tarde desta quarta-feira, 30, em coletiva de imprensa no Hospital Albert Einstein, que o presidente Jair Bolsonaro vai fazer a partir de amanhã despachos por vídeo ou audioconferência, caso seja necessário.
Desta forma, de acordo com o porta-voz, não há despachos confirmados para amanhã nem visitas de ministros. Havia a previsão inicial de que os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional) viessem a São Paulo para ter reuniões com o presidente.
"O presidente está em recuperação plena, mas precisa descansar um pouco mais", disse Rêgo Barros. "Não obstante precisa manter-se descansando um pouco mais."
No Palácio do Planalto, ministros manifestaram desejo de viajar a São Paulo para visitar o presidente, mas os assessores mais próximos e familiares reforçaram que para o bem-estar de Bolsonaro o ideal é que haja despachos presenciais somente na semana que vem. A decisão, por enquanto, é que os contatos com integrantes do governo sejam feitos apenas por vídeo e audioconferência.
De acordo com Rêgo Barros, mesmo com estas restrições, o presidente apresenta condições de trabalhar. "Ele já vem mexendo no telefone, já assiste televisão", afirmou.
Questionado sobre o uso de WhatsApp para deliberar assuntos do governo, o porta-voz disse crer que "é possível direcionar, dar diretivas aos ministros" por meio do aplicativo.
Internação
O porta-voz afirmou ainda que, até o momento, está mantido o plano de internação de dez dias do presidente Bolsonaro. "O tempo de permanência no hospital é aquele necessário. São dez dias previstos, que podem ser antecipados ou postergados", comentou.
De acordo com Rêgo Barros, o presidente tem se preservado de falar por causa da possibilidade de formação de gases, que podem causar incômodo a ele.
Bolsonaro recebeu alta hoje da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e de retirada da bolsa de colostomia realizada na segunda-feira, 28.
No boletim divulgado mais cedo, a equipe médica informou que o presidente tem realizado exercícios de fisioterapia respiratória e motora. Rêgo Barros destacou que hoje Bolsonaro caminhou por 40 metros no corredor.
O porta-voz informou ainda que os boletins médicos passarão a ser divulgados sempre no fim da tarde.
Rêgo Barros voltou a dizer que os custos médicos são arcados pelo convênio entre a Presidência da República e o Hospital das Forças Armadas, mas que ele não comentaria os valores da cirurgia e da internação..