Jornal Estado de Minas

Servidores tentam invadir o plenário da Assembleia pelo pagamento 13º salário

Manifestantes sujos de lama questionam quanto vale uma vida. Até esta sexta-feira, o rompimento da barragem da Vale deixou 110 mortos e 238 desaparecidos - Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press
Servidores do governo de Minas tentam entrar no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde deputados estaduais tomam posse nesta sexta-feira. Eles gritam “Zema caloteiro, cadê meu 13º?”.


Os seguranças fazem uma barreira na porta e manifestantes forçam a entrada. Desde cedo, o clima está quente, com protestos dentro e fora da Casa Legislativa.

Em repúdio ao parcelamento do 13º salário e em protesto à tragédia de Brumadinho, policiais civis, militares e agentes penitenciários fecharam o quarteirão da Rua Rodrigues Caldas, na porta da Assembleia Legislativa.

Do alto de um carro de som, representantes do setor de segurança pública reclamam da falta de dinheiro para pagar as contas. "Por favor governador, veja a nossa situação.

Trabalhamos muito para ver o salário dividido de três vezes", reclama um sindicalista. O clima esquentou quando foi dito que a política salárial do governo Romeu Zema é a mesma do PT. Populares que protestavam no mesmo lugar contra a Vale, vaiaram fortemente.

Em resposta, os policiais começaram a gritar "Lula ladrão" e expulsaram alguns manifestantes que levaram cartazes Lula Livre. Os ânimos acalmaram quando outro sindicalista pegou o microfone e alertou que o movimento é único, em prol dos servidores públicos.

"Esse não é um movimento partidário", discursou. Os manifestantes cobram ainda que os deputados estaduais tenham uma atuação mais efetiva em defesa do servidor público..