O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta sexta-feira, 1º, que as eleições para as presidências da Câmara e do Senado devem ser realizadas com o voto secreto. Para ele, esta é a garantia de independência entre o poder Legislativo e o Executivo.
"Congresso não é puxadinho do poder Executivo. Então, quando a gente abre o voto, o governo marca o voto de cada deputado e de cada senador. Isso tira completamente a independência entre os dois poderes", afirmou. "O voto aberto me beneficiaria, mas sou contra abrir porque passamos e as instituições ficam."
Maia é candidato à reeleição. A sessão de votação deverá começar em instantes. Questionado sobre a reta final de sua campanha para continuar no comando da Casa, Maia afirmou que sua candidatura foi preparada com "boa articulação, conversando com cada um dos deputados para tentar sair vitorioso".
O demista é o favorito na disputa e conta com o apoio de 16 partidos. Seus aliados dizem que ele pode chegar a obter até 300 votos.
Questionado sobre a possibilidade de o seu correligionário Davi Alcolumbre (DEM-AP) vencer a disputa no Senado, e influenciar na decisão da Câmara, Maia afirmou que ainda não se preocupa com esta questão.
"São casas distintas e as operações foram distintas. Vamos esperar porque eu acho que ainda tem muita coisa para acontecer lá", disse.
Parlamentares e integrantes do governo questionam o poder que o DEM passará a ter no governo de Jair Bolsonaro se dominar as duas Casas e ainda ter o ministro Onyx Lorenzoni, também do DEM, na Casa Civil.
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