Na disputa pela publicidade da autoria do pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o setor de mineração, no rastro das tragédias de Mariana e Brumadinho, o deputado Sargento Rodrigues (PTB) ganhou nesta segunda-feira (4) da deputada Beatriz Cerqueira (PT).
A assessoria do deputado conseguiu protocolar, na manhã de hoje, o requerimento em nome do parlamentar que, conforme o Regimento Interno (RI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), assegura a ele uma vaga de membro efetivo na comissão.
Sargento Rodrigues, no entanto, segundo o RI, não poderá ocupar a vaga de presidente da CPI nem a de relator da futura apuração sobre as causas e os implicados nos dois desastres ambientais, que deixaram mortos e desaparecidos em meio à lama de rejeitos das barragens rompidas.
Fila
Durante todo o dia desse domingo (3) e madrugada desta segunda-feira (4), assessores dos dois deputados se revezaram em uma das portarias de acesso à ALMG para garantir - na sessão de protocolo da Casa, que abriu às 8 horas de hoje-, o registro do pedido em nome de seus respectivos chefes.
A assessoria da deputada também anexou o requerimento. Neste caso, ele será, como de praxe, anexado à solicitação primeira do deputado Sargento Rodrigues.
A Assessoria de imprensa da ALMG informou, na manhã desta segunda-feira, que o deputado Doutor Wilson Batista (PSD) também protocolou pedido semelhante.
Tramitação
Caberá ao presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), conforme determina o Regimento Interno da Casa, acolher ou não o pedido. Se houve acolhimento, a CPI contará com sete membros efetivos e a mesma quantidade de suplentes.
A indicação dos participantes da CPI ficará sob a responsabilidade dos líderes de bancadas e blocos da Casa, exceto a vaga já assegurada pelo deputado Sargento Rodrigues. Os cargos dos parlamentares na CPI serão escolhidos por meio de eleição realizada pelos membros efetivos.