Sem poder comparecer por motivos de saúde, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta que foi lida para a abertura dos trabalhos no Congresso Nacional. No texto, a "esperança" foi o foco do discurso. Ele também voltou a atacar os governos anteriores, em um discurso mais focado na revisão do passado, do que na projeção do futuro.
No documento, a presidência também chegou a ressaltar que os governos petistas "maquiaram" números sobre a pobreza no país. Também está escrito que os brasileiros mais pobres foram afetados por um "Estado assaltado". "Indicadores foram alterados para fins de propaganda, sem implicar melhoria nas condições de vida da população", enfatizou sem descrever os números maquiados.
Assim, Bolsonaro passou a defender que "isso acabou" e que o Brasil "declara guerra" ao crime organizado. "Guerra moral, guerra jurídica, guerra de combate", confirmou.
Vários temas foram tratados no discurso, saúde, relações exteriores, meio ambiente e outros; mas todos tratados brevemente. Só que o maior foco foi dado às questões sobre combate à corrupção e ao crime organizado. "Nosso país, de dimensões continentais e com uma população plural e de espirito livre, rejeitou essa forma de governar. Caiu por terra a mentira. E eis que vimos nascer a verdade é a esperança de quem segue em frente", disse no texto, voltando a se referir ao passado.
Mesmo após diversos impedimentos à liberdade de imprensa, como observado na posse presidencial, quando jornalistas foram cerceamos e enfrentaram dificuldades na cobertura; Bolsonaro defendeu a liberdade de opinião e de imprensa no documento. "Vamos defender sempre a liberdade de opinião, de crença, de imprensa, de manifestação religiosa, de pensamento", contou na nota.
Bolsonaro também saiu em defesa da reforma da Previdência, pauta impopular, mas que deve ser tocada pelo governo. "A nova previdencia vai materializar a esperança concreta de que nossos jovens possam sonhar com seu futuro", escreveu.