Jornal Estado de Minas

Zema compara tucanos a 'comida boa' ao justificar PSDB no governo de MG


O governador Romeu Zema (Novo) minimizou nesta terça-feira (5) as críticas que recebeu de eleitores e correligionários por causa da presença de tucanos em sua gestão. Ao apresentar a proposta de reforma administrativa – que teve como uma das consultoras Renata Vilhena, a ex-secretária de Planejamento e Gestão do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) –, o novo governador disse que o que importa são os resultados e não as pessoas.

  “Quando você contrata um serviço de qualidade, você olha o resultado disso e não quem está executando. Até fico surpreso de alguém em vez de avaliar a comida que está comendo querer saber quem cozinhou para falar se a comida está boa ou ruim. Temos de ver resultado, temos de quebrar um pouco essa ideia de que as pessoas é que as vezes definem”, disse o governador.

Segundo Zema, a ex-secretária do núcleo principal de governo é funcionária da Fundação Dom Cabral, que prestou serviços de consultoria para a formulação da reforma administrativa.

Questionado se ela continuaria atuando como conselheira, o governador disse não saber. “Tem de ver lá na fundação, não sei em que projeto ela está locada. A fundação presta serviço para várias instituições e os times sempre mudam”, disse.

Além de Vilhena, o governador chamou o ex-presidente do PSDB e ex-secretário na gestão tucana Custódio Mattos para ser secretário de Governo, pasta que cuidará da sua articulação política.
Também escolheu o deputado estadual Luiz Humberto Carneiro, que foi líder de governo de Anastasia e do sucessor Alberto Pinto Coelho (PP), para ocupar a mesma função, representando-o na Assembleia.

A presença dos tucanos no estado serviu para trazer o PSDB para a base aliada, depois de uma disputa de segundo turno em que Zema foi alvo de duras críticas por parte do grupo de Anastasia. Para tentar reverter a desvantagem em relação ao novato, Anastasia e seus aliados procuraram colar em Zema a imagem do gestor inexperiente na vida pública, que traria uma gestão temerária em um momento de grave crise fiscal. .