O rompimento da barragem da Vale foi tema central da primeira reunião ordinária da nova Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), mas a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a tragédia ficará para a próxima semana. Ontem, todos os parlamentares que discursaram no plenário citaram a necessidade de uma apuração detalhada sobre os motivos do rompimento e de punições aos responsáveis pelas mortes em Brumadinho. Hoje, devem ser formados os quatro blocos parlamentares da nova legislatura e caberá aos líderes indicarem os nomes para as comissões parlamentares, inclusive a CPI da mineração.
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Deputado ganha disputa por autoria da CPI para investigar tragédia de BrumadinhoEm MG, deputados ''entram na fila'' por paternidade de CPI para apurar tragédia de BrumadinhoDia de posse 'mais tímida' na Assembleia por causa de Brumadinho CPI das barragens na Assembleia vai ser instalada nesta quartaDeputado e senador de MG brigam por CPI de BrumadinhoSenado aprova multas que variam de R$ 10 mil a R$ 10 bilhõesZema chama tragédia de Brumadinho de 'incidente' e diz que Vale está fazendo o possível'Assembleia será dura na legislação e na apuração', diz novo presidente da Casa sobre mineradorasOutro pedido pela CPI foi protocolado pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), que defendeu a união entre os parlamentares para apurar o rompimento da barragem da Vale. “É inexplicável como a mineradora constrói seu refeitório e seu centro administrativo bem abaixo da barragem. Temos outros municípios em que a população está desesperada com a situação de barragens, como em Sarzedo por exemplo”, disse Beatriz. A deputada apresentou também à Mesa pedidos de informação para a Vale sobre a barragem de Córrego do Feijão.
A partir da formação dos blocos parlamentares serão indicados os nomes para compor as 22 comissões permanentes da Assembleia e para a CPI da mineração.
FORMAÇÃO DE BLOCOS Um grupo de oposição ao governo deve ser oficializado hoje, com aliança entre PT (10 deputados), PR (2), PCdoB (1), PSOL (1), Rede (1), DC (1) e Pros (1). Já o bloco governista, ainda não totalmente definido, será encabeçado pelo PSDB (7 deputados). Os outros dois blocos serão independentes (nem de apoio nem de oposição ao governo estadual), um deles encabeçado pelo MDB (7) e outro pelo PSD (7) com apoio de PSL (6), PTB (3), PRP (1) e PPS (1).
De acordo com o regimento da Assembleia, a representação dos partidos nas comissões é feita de forma proporcional. Cada uma tem cinco membros efetivos e outros cinco suplentes, com exceção das comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Administração Pública e de Fiscalização Financeira e Orçamentária, formadas por sete efetivos e sete suplentes. Essas três comissões são consideradas estratégicas já que praticamente todos os textos passam por análise de seus membros.
Ontem, foram recebidos pela Mesa 11 mensagens do Poder Executivo, sendo 10 vetos e a indicação do deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB) para líder do governo no parlamento.
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