A Justiça Federal aceitou na última sexta-feira, 8, a denúncia contra o ex-governador do Paraná Beto Richa, feita pela força-tarefa da Lava-Jato na Operação Integração, e o tornou réu na ação que investiga corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias federais que fazem parte do Anel da Integração, no Estado. Além de Richa, outras nove pessoas viraram réus pelos mesmos crimes.
Os procuradores afirmam que o tucano recebeu ao menos R$ 2,7 milhões em propinas pagas em espécie por concessionárias de pedágio no Paraná e outras empresas que mantinham negociações com o governo.
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Subprocurador-geral da República recorre contra soltura de Beto RichaRaquel Dodge quer operador de Beto Richa de volta à cadeiaPresidente do STJ suspende ação da Radiopatrulha contra Beto RichaDefesa de Fernanda Richa diz que acusações contra ela são falsasMaioria dos brasileiros acredita que Operação Lava-Jato é justa e vai aumentarEm decisão, o juiz federal Paulo Sergio Ribeiro afirmou que "o MPF apresentou vasto conjunto de provas sobre a existência de fatos criminosos envolvendo a execução de contratos de concessão de rodovias federais no Estado do Paraná (denominado "Anel de Integração do Paraná"), bem como indícios suficientes da participação de cada um dos investigados no esquema criminoso".
O tucano havia sido preso no dia 25 de janeiro, pela segunda vez. No entanto, foi solto no dia 31, por decisão do ministro do STJ, João Otávio de Noronha. A força-tarefa da Lava Jato chegou a apontar "sérias dúvidas" sobre a parcialidade do magistrado.
Beto Richa também já havia sido preso na Operação Radiopatrulha, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, em setembro do ano passado, quando era candidato ao Senado. O tucano foi solto após quatro dias por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Richa é réu na Radiopatrulha, que apura irregularidades no Programa Patrulha do Campo, de manutenção de estradas rurais. Segundo o inquérito, há indícios de direcionamento de licitação e pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
Defesa
O advogado Walter Bittar, que defende Richa, se manifestou por meio de nota.