O governador Romeu Zema (NOVO) se referiu nesta terça-feira (12) ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que deixou mais de 160 mortos e dezenas de desaparecidos, como um “incidente” e disse que a Vale está fazendo o possível para minimizar os danos. “Não tem faltado por parte da empresa neste momento assumir esse compromisso. Parece que desta vez eles reconheceram o erro apesar do incidente”, afirmou.
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Zema defendeu que a oferta da empresa responsável pela barragem Córrego do Feijão, de conceder de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões às famílias dos mortos, seja aceita pelos atingidos e encerre as negociações. “A Promotoria Pública tem de certa maneira forçado a Vale a ficar pagando uma bolsa-auxílio, o que parece não fazer sentido, porque se cada família receber de R$ 1milhão a R$ 2 milhões, teria condição de fazer um investimento e já ia ajudar a economia local a se recompor”, disse.
O governador de Minas disse que vai transferir recursos da Assistência Social do estado para Brumadinho e que está acompanhando de perto dos desdobramentos.
Entre as propostas do Ministério Público em um termo de ajuste preliminar (TAP) está o pagamento mensal emergencial pela vale a todas as pessoas atingidas. Pelos termos seriam um salário-mínimo por pessoa adulta; meio salário-mínimo por adolescente; um quarto de salário-mínimo por criança; e o valor referente a uma cesta básica por núcleo familiar.
Zema também procurou isentar o estado de responsabilidade na tragédia, afirmando que coube à Secretaria do Meio Ambiente a concessão de licença, mas que os critérios de exploração e a fiscalização são da Agência Nacional de Mineração.
Na reunião, os deputados federais se dividiram entre os que cobraram punição rigorosa à Vale e os que disseram que é preciso ter cautela para não acabar com a mineração em Minas Gerais. Entre as propostas da bancada está o fim da desoneração das exportações do minério.
“O que aconteceu em Brumadinho é uma questão de cadeia, temos que fazer uma Comissão Parlamentar de Inquérito e exigir cadeia porque foi assassinato”, disse o deputado federal Fábio Ramalho (MDB).