A Justiça do Estado do Rio determinou o bloqueio de R$ 4 milhões do ex-governador Sergio Cabral (MDB) e de R$ 3 milhões do ex-deputado estadual Jorge Picciani. A decisão atendeu a uma ação civil pública do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do Ministério Público.
O processo tramita na 4ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio e também atinge o banqueiro José Augusto Ferreira dos Santos e a Agrobilara Comércio e Participações, de Picciani.
Em sua decisão, em caráter liminar, a juíza Carolina Rossy Brandão Fonseca considerou investigações da Operação Lava Jato que revelaram "a existência de uma organização criminosa formada no governo estadual fluminense, no período de 2007 a março de 2014, liderada pelo então governador Sérgio Cabral", como afirmou o Tribunal de Justiça do Estado do Rio em nota.
Essa organização é acusada de ter atuado e desviado dinheiro público em obras do governo fluminense, como a reforma do estádio do Maracanã para sediar a Copa do Mundo de 2014, a construção do Arco Metropolitano e projetos de urbanização em comunidades carentes, conhecidos como "PAC das Favelas".
Segundo o Ministério Público, uma das empresas beneficiadas no esquema criminoso, a Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, usava caixa 2 para pagar propina ao ex-governador, por meio de contratos simulados e superfaturados. Em parceria com Picciani, a empresa participou de uma série de operações de compra e venda de gado de 2012 a 2014.
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