A antecipação da alta hospitalar do presidente Jair Bolsonaro, que o trará de volta a Brasília nesta quarta-feira, levou o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, a adiar a viagem de três dias marcada para o novo governo começar a afirmar a sua agenda na Amazônia. Além de Bebianno, Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) desembarcariam no Pará para discutir com líderes locais a construção de uma ponte sobre o Rio Amazonas na cidade de Óbidos, uma hidrelétrica em Oriximiná e a extensão da BR-163 até a fronteira do Suriname.
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A região é estratégica para os militares e os projetos fazem parte do plano de desenvolvimento a ser implementado na Amazônia, para "neutralizar as pressões globalistas".
A viagem incluiria visitas de cortesia aos bispos de Óbidos e de Santarém.
Ainda não há nova data para a viagem. Enquanto isso, o governo concluirá a redação do decreto, a ser assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, que vai anunciar a criação do Projeto Barão do Rio Branco. Pelo decreto, um grupo de trabalho terá três meses para apresentar toda a proposta de operacionalização desta decisão de lançamento das obras que terão como objetivo integrar a Calha Norte do rio Amazonas, ao restante do país..