Brasília – O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem em entrevista que vai bater o martelo hoje na proposta de reforma da Previdência elaborada pela equipe econômica que será enviada ao Congresso Nacional. Ele concedeu a entrevista à TV Record ontem pela manhã, quando ainda estava no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde ficou 17 dias internado para cirurgia de retirada da bolsa de colostomia e reconstrução do intestino. A entrevista foi exibida à noite.
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Bolsonaro precisará de repouso e dieta especial após alta, indica médicoRetorno de Bolsonaro a Brasília faz ministros adiarem viagem de trabalhoEduardo Bolsonaro, sobre Bebianno: 'Prefiro me resguardar ao silêncio'A partir de quarta-feira, reforma da Previdência chega ao CongressoO porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, informou que Bolsonaro deve se debruçar sobre o projeto da reforma da Previdência, que será enviado ao Congresso nos próximos dias. Já o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, informou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma está finalizada, esperando apenas o aval de Bolsonaro.
Marinho evitou dar qualquer detalhe da proposta de reforma, como idade mínima e regras de transição. “A proposta vai ser apresentada à sociedade logo após o presidente se debruçar sobre o tema. Ele é quem precisa dizer se o material que nós produzimos está adequado, dentro do pensamento dele”, acrescentou. Na terça-feira, o secretário da Previdência disse que o texto final é bem diferente da minuta do projeto que vazou para a imprensa na semana passada. Nessa minuta, o governo proporia idade mínima única de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem. Além disso, previa um mínimo de 20 anos de contribuição para o trabalhador receber 60% da aposentadoria, chegando, de forma escalonada, até o limite de 40 anos, para o recebimento de 100%.
Bolsonaro deixa o hospital sem que algumas perguntas sejam respondidas.
Logo depois de receber alta, Bolsonaro comentou em seu perfil no Twitter sobre as cirurgias e os processos de recuperação decorrentes do atentado sofrido em 6 de setembro, em Juiz de Fora. “Foram 3 cirurgias e mais de 1 mês no hospital”, escreveu. O presidente comemorou sua recuperação e relembrou que seu agressor já havia sido filiado ao Psol, partido de oposição ao seu governo. “Finalmente deixamos em definitivo o risco de morte após a tentativa de assassinato por ex-integrante do Psol”.