O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) suspendeu, a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral do Estado, o processo de análise das contas de campanha em Minas Gerais apresentadas pela candidata a deputada estadual derrotada Débora Gomes da Silveira, do PSL.
A Procuradoria Eleitoral justificou o pedido informando que recebeu denúncia sobre suposto esquema de destinação de recursos do Fundo Partidário para empresas que pertenceriam a assessores do atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, presidente do PSL em Minas.
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Marcelo Álvaro Antônio é reconduzido ao cargo de ministro do TurismoGoverno retifica ato de exoneração de ministro do TurismoMinistro do Turismo exonerado toma posse na Câmara como deputado"A mesma prática teria sido adotada por outras três candidatas", afirma o procurador no seu pedido, que iniciou investigação sobre o caso.
O juiz relator da ação, João Batista Ribeiro, decidiu suspender o processo por seis meses.
Repasses
Débora Gomes recebeu na campanha R$ 72 mil transferidos pela direção nacional do PSL. Segundo a prestação de contas feita ao Tribunal Regional Eleitoal, ela gastou R$ 71.990 em 13 repasses para pessoas físicas e jurídicas, que oscilavam entre R$ 1,5 mil e R$ 26.290. O montante mais expressivo foi recebido pela I9 Minas Assessoria e Comunicação Integrada.
Os recursos, conforme consta nos dados enviados ao TRE, foram para "serviços publicitários de marketing" e de "pesquisas de avaliação".
A assessoria do PSL em Minas não respondeu aos contatos da reportagem até a conclusão desta edição.