A deputada estadual eleita Janaina Paschoal (PSL-SP) declarou que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, não pode ser considerado automaticamente culpado por supostos desvios de recursos do Fundo Partidário para candidaturas laranjas do PSL. A futura parlamentar o classificou como uma "pessoa controversa", mas afirmou que não adianta o governo "cortar cabeças" sem uma apuração.
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Janaina Paschoal: 'reação de Flávio parece a de Aécio e a de Lula'Janaina Paschoal critica decisão do STF que beneficia filho de Bolsonaro'Se andar bem sou aliada, se andar mal sou inimiga', diz Janaina sobre BolsonaroBebianno é de 'absoluta confiança' e crise será contornada, diz Major OlímpioRepasses do PSL serão apurados e responsabilidades serão definidas, diz MoroPara ela, as situações precisam ser investigadas e apuradas. "Mas não adianta eleger um culpado e cortar cabeças, sem apurar", afirmou. "O fato de Bebianno ter assinado a liberação do dinheiro, na condição de presidente do Partido, não o torna automaticamente culpado, pois ele era a pessoa competente para assinar a documentação. Temos que saber quem, eventualmente, ficou com o dinheiro", escreveu.
'Pessoa controversa'
Na sequência de mensagens na rede social, a deputada relatou ter sido procurada por Bebianno durante a campanha e recusado dinheiro do fundo.
Janaina classificou o ministro como "uma pessoa controversa" e que "muita gente não gosta dele". "Eu mesma tenho minhas mágoas. Mas não acho justo usar uma denúncia que, a princípio, não o envolve, para vingar outras questões", afirmou.
Nesta quarta-feira, 13, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, escreveu no Twitter que o Bebianno mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça-feira, 12. Bolsonaro, por sua vez, republicou a mensagem e, em entrevista, disse que destino do ministro - se for culpado - será "voltar às suas origens".
Reforçando que não estava defendendo Bebianno, a parlamentar eleita declarou que o ministro tem "devoção" por Bolsonaro, mas ponderou: "Estaria ele sendo falso? Talvez. Mas digo, se estava, ele é melhor ator que Tony Ramos. E Tony Ramos é muito bom.".