O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, não resistiu à crise e caiu. A interlocutores, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que decidiu exonerar o ministro, suspeito de liberar verbas para candidaturas laranjas quando ainda era presidente do PSL. A expectativa no Palácio do Planalto é de que a demissão seja publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (18/2).
No início da tarde desta sexta-feira (15/2), quando interlocutores afirmaram que Bebianno permaneceria no cargo, o clima não era dos melhores. Bolsonaro recebeu o ministro em uma reunião, às 17h, acompanhado dos ministros-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, além do vice-presidente, Hamilton Mourão. Entretanto, Bebianno foi excluído de uma reunião ministerial às 15h. O recado, pondera um interlocutor, foi de isolamento.
A situação de Bebianno se complicou após o ministro ter afirmado em entrevista ao jornal O Globo que teria conversado com Bolsonaro por três vezes quando o presidente ainda estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O filho de Bolsonaro, porém, chamou o ministro de mentiroso, em uma publicação no Twitter.
Este era o início de uma crise, que se agravou ainda mais quando o chefe do Executivo retuitou a mensagem publicada filho, na quarta-feira. A conversa entre ambos foi curta o bastante para o chefe do Executivo dizer que não conversaria por questões do quadro clínico.