Menos de uma semana depois de trocar o comando da Secretaria da Saúde de Minas Gerais, o governador Romeu Zema exonerou nesta terça-feira (19) o subsecretário da pasta, José Farah Junior, que criticou o chefe do Executivo em áudio da época da campanha eleitoral que circulou nas redes sociais. Até a troca do titular, era ele quem respondia interinamente pelos serviços, já que o ex-secretário Wagner Eduardo Ferreira estava licenciado por motivos de saúde.
Ex-delegado, José Farah disse antes de Zema ser eleito que o empresário não teria capacidade para gerir o estado. No áudio que circulou entre os servidores, ele dizia que Zema iria acabar com os benefícios da classe policial.
“Um empresário com 5 mil funcionários não vai poder gerir um estado com mais de 1,9 milhão, é difícil. Ele não tem capacidade de saber distinguir o que é o ente privado do que é o ente público”, disse Farah no áudio. Na sequência, ele disse ainda que o vice-governador Paulo Brant é empresário e, por isso, não quer saber do órgão público.
No ato de exoneração publicado no Minas Gerais, o governo diz que a saída de Farah se deu "a pedido".
Na última quinta-feira (14), Zema trocou o ex-secretário Wagner Eduardo Ferreira pelo médico Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva, candidato a deputado federal pelo Partido Novo derrotado nas urnas em outubro do ano passado. A troca ocorreu por questões de saúde do primeiro escolhido para a pasta.
Em nota, o governo de Minas reafirmou que José Farah foi exonerado a pedido. "Portanto, a decisão de não seguir no cargo é, exclusivamente, de foro íntimo do ex-secretário", diz a nota.