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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 22/02/2019 12:00 / atualizado em 22/02/2019 07:25

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Como bloquear uma conta de R$ 396,75?


Ad infinitum tem sido a corrupção que assola o país. Não é de hoje, mesmo com o combate feito pela Operação Lava-Jato. A notícia de ontem, no entanto, vai matar de raiva quem dela tiver conhecimento.

Na 60ª fase da Lava-Jato, o alvo foi o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza envolvendo uma coleção de acusações em São Paulo. Mais acusações, já que antes havia outras mais. Daí o infinito. O detalhe que chama a atenção vem de três contas bancárias. Cadê os R$ 100 milhões que nela estavam?

Em duas delas, o saldo estava zerado. Na terceira, havia uma “fortuna” de R$ R$ 396,75. Isso mesmo, menos de quatrocentos reais. Encrencado, Paulo Preto já foi levado para Curitiba, sede da Lava-Jato. O tucanato paulista deve estar bastante ressabiado. Afinal, tem o ex-ministro das Relações Exteriores do governo de Michel Temer (MDB) Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).

Só mais um registro: em relatório enviado à Justiça, o Banco Central (BC) informou que o bloqueio foi cumprido “parcialmente por insuficiência de saldo, afetando depósito a prazo”. Sobre as duas contas nas quais não havia saldo, o Banco Central afirmou: “Réu/executado sem saldo positivo”.

Agora chega. Afinal, em pronunciamento em cadeia de rádio e TV quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ressaltou que “a nova Previdência será justa e para todos, sem privilégios”. Bem, falta combinar com a base aliada no Congresso. Afinal, até a reunião prevista para ontem teve de ser adiada. O motivo: falta de quórum. Os nobres líderes partidários rumaram foi para o aeroporto.

Os poucos discursos foram, em maioria, contrários à reforma da Previdência. Fizeram o seu comercial até o fim da tarde. E só. No Senado, nem isso. A sessão durou das 11h27 às14h35, com praticamente os senadores de sempre quando não há votação. Falam e pedem o registro nos meios de comunicação.

Já que é assim, foi comunicado ainda que a reunião da base aliada com o presidente da República foi remarcada para terça-feira. Pela manhã. Será que vai começar no horário? Estarão todos lá antes do almoço? Ou será que terá um cardápio agradável, não o político, o de guloseimas mesmo?

Sorria…
Você está sendo fotografado nas eleições de presidente e vice da Comissão de Direitos Humanos e na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa (ALMG), ambas na quarta-feira. Se duas fotos valem mais que mil palavras, fica só o registro. Foram eleitas na Direitos Humanos Leninha (PT) e Andreia de Jesus (Psol), e Marília Campos (PT) e Andreia de Jesus de novo na dos Direitos da Mulher. E em ambas as comissões com direito a discussões acaloradas nas duas comissões.

Ao combate!
O número do projeto de lei é 500/19 e o site oficial da Câmara dos Deputados, pelo jeito, tucanou, ao tratar como “quando duas ou mais pessoas se articulam para a prática de delitos e iniciam tarefas com este objetivo”. No dicionário político da coluna melhor tratar como “ação de construir um plano que prejudica alguém, geralmente um governante ou uma pessoa poderosa”. Mas para ser justo, o autor, deputado Fernando Rodolfo (PHS-PE), disse ter acatado sugestão do procurador da República Helio Telho Corrêa Filho. Se ele faz parte do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal (MPF) em Goiás, nada a acrescentar.

Ataque à praga
Já que falamos em um combate à corrupção, tem mais um no meio do caminho. É o combate à mosca da carambola. Para explicar de uma vez, a mosca foi alvo do senador Zequinha Marinho (PSC-PA) em discurso na tribuna. “Se chegar a Belém, eu considero uma causa perdida, porque Belém é conhecida no Brasil e no mundo como a cidade das mangueiras.” Tem que deixar claro mais uma vez. A tal mosca é o vetor que ataca a fruticultura no Amapá e Roraima. Zequinha fez apelo à ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Alega que os estados sozinhos não conseguem ser eficientes no combate à praga.

Mais uma...
…derrota. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin julgou inviável o habeas corpus (HC) impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que não admitiu recurso especial apresentado por seus advogados. De acordo com Fachin, além de não estar encerrada a jurisdição do STJ para analisar a questão, não há qualquer ilegalidade na decisão questionada que justifique a concessão do habeas corpus.

E tem outra
Se pau que dá em Chico dá também em Francisco, quem queria foro privilegiado é o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Ele pretendia fugir da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Só que, se depender da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ele vai continuar encrencado lá mesmo no Rio. O caso é o de venda de imóveis e de fraudes em declarações que foram feitas à Justiça Eleitoral. É claro que Flávio se defende com a alegação de ser alvo de campanha difamatória. A alegação da procuradora é que ele não tinha sido diplomado como parlamentar.

PINGAFOGO

O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), continua implacável, como sempre. Foi relator de mais um pedido do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que pedia um novo interrogatório.

É claro que o pedido feito pela defesa do Eduardo Cunha foi rejeitado. E óbvio também que foi por unanimidade. Afinal, o TRF-4 é o responsável pelos recursos apresentados pelos condenados na 13ª Vara Federal de Curitiba, aquela da Operação Lava-Jato.

Descartado concurso público este ano. Quem avisou foi o secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel. Alega ser necessário antes melhorar a eficiência operacional. Uai, ainda precisa? É grave a crise...

O PSL tem rivalizado com o PT e outros partidos de esquerda no Senado. Integrantes do partido de Jair Bolsonaro fazem plantão em dia sem votações para rivalizar nos discursos e defender o presidente. Coisa que antes não era comum.

Bem, no governo passado, era difícil defender o hoje ex-presidente Michel Temer (MDB). As denúncias rejeitadas em plenário contra ele já tinham consumido todo o seu capital político. Sendo assim, também encerro por hoje.

 

 


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