Há cinco meses, antes de saber que um dia poderia precisar do foro privilegiado, o então candidato a deputado federal pelo PSL e hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, defendeu o fim do benefício restrito a autoridades brasileiras.
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“Quem me conhece sabe que, como parlamentar, sempre ouvi as pessoas antes de tomar decisões . Para quem ainda não conhece meu trabalho, eis minha posição diante de importantes votações que passaram pela Câmara”, escreveu o deputado, junto a peça publicitária que cita a posição favorável à cassação do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, à abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) e à investigação contra o Michel Temer (MDB).
O hoje ministro integrou a comissão especial da Câmara dos Deputados que aprovou o projeto de fim do foro. Mas na quinta-feira, Marcelo Álvaro Antônio pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) assuma as investigações sobre candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais, com a sua participação. Por fazer parte do governo Jair Bolsonaro, ele teria o chamado foro privilegiado.
Hoje o caso está sendo investigado pelo Ministério Público de Minas. A defesa do hoje ministro alega que o suposto desvio de verbas durante a campanha eleitoral teria ligação com o mandato parlamentar..