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Estado de Minas

Policias prometem acampar na porta da casa de Zema e não descartam paralisação no carnaval

Na próxima segunda-feira está marcada uma reunião para definir os próximos passos do movimento, que não aceitou a proposta de pagamento do 13º salário apresentada pelo governo de Minas


postado em 22/02/2019 22:32

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )

Após fechar por duas horas as duas pistas da MG-010, em frente a Cidade Administrativa, na Região Norte de Belo Horizonte, nesta sexta-feira os representantes das entidades que representam as categorias do sistema de segurança pública não descartam novos movimentos.

De acordo com o coronel Mendonça, assessor jurídico da Associação dos Servidores do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar de Minas Gerais (Ascobom), a categoria pode montar acampamento em frente a casa do governador Romeu Zema (Novo) e paralisar durante o carnaval.


Segundo coronel Mendonça, a proposta encaminhada pelo governador é “ridícula” e “insensível”. Após encerrar o movimento, na MG-010, ficou acertada nova reunião na segunda-feira para definir os próximos passos do movimento. 


“Eu acredito que nós vamos partir para um estado de greve com possibilidade de paralisação, inclusive no carnaval. Há propostas claras da categoria, dos militares faltarem, dos agentes penitenciários e policiais civis ficarem em casa um dia, aí o Romeu Zema vai ver a falta que faz a segurança pública”, afirmou.


Sobre a decisão da Justiça de os sindicatos serem multados pelo fechamento da MG-010 por duas horas, o coronel Mendonça afirmou que não havia sido informado. “Eu não recebi (notificação). Mas, se tivesse recebido eu arcarei com o preço de pagar. Até porque eu não tenho dinheiro para pagar. Eles vão me prender porque eu tô reivindicando direitos e 13º”, indagou.

Ver galeria . 10 Fotos Entre as reivindicações, está o pagamento de salários atrasados Gladyston Rodrigues/EM.DA.Press
Entre as reivindicações, está o pagamento de salários atrasados (foto: Gladyston Rodrigues/EM.DA.Press )


Além da possibilidade de paralisação, os manifestantes não descartam a possibilidade de acampar na porta do governador para pressionar. “Semana que vem nós vamos fazer um acampamento casa do governador Romeu Zema. Lá é uma via pública e nós temos o direto de ir e vir, vamos levar o pessoal, vamos acampar. Enquanto ele não nos pagar vamos ficar lá para ele ver a nossa cara e ver que nos deve”, afirmou.


A proposta apresentada Diante da pressão dos profissionais da segurança pública, o governador Romeu Zema (Novo) apresentou no início da noite desta sexta-feira uma nova proposta de pagamento do 13º salário do ano passado para os policiais, agentes penitenciários e socioeducativos.


A nova escala prevê o pagamento de 80% do abono até maio e o restante em junho. Uma primeira parcela foi paga a todos os servidores nessa quinta-feira. A proposta inicial era quitar o 13º em 11 parcelas. A categoria de policiais e agente recusou a proposta em assembleia no local.


Em nota, o governo informou que parlamentares mineiros que participaram de uma reunião com o governador Romeu Zema na Cidade Administrativa, fizeram o compromisso de buscar recursos suplementares diretamente com a União para auxiliar na antecipação do pagamento do subsídio para as demais categorias do funcionalismo.

 De acordo com o deputado Sargento Rodrigues (PDT), os representantes das categorias e os deputados vão se reunir na segunda-feira e, deste encontro, sairá a pauta prioritária de reivindicação. 

A manifestação desta sexta-feira vinha sendo convocada pela categoria há vários dias. Em postagem em seu site na internet, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Bombeiros Militar (AOPMBM) declarou apoio à manifestação. “Haja vista, que a categoria já se encontra muito penalizada, magoada e sofrida por desmanados e atrapalhadas da governança. Acarretando um claro sinal de pedido de socorro. Pois, as famílias estão endividadas e comprometidas até o teto com seu orçamento”, diz o texto.


 

A Associação dos Praças e Soldados divulgou nota em que diz que os servidores da segurança estão “fartos de terem os seus direitos ignorados por sucessivos governos e permanecem mobilizados”.  



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