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Estado de Minas POLÍTICA

Lula chega ao velório do neto em São Bernardo do Campo

Jardim da Colina pediu que não haja manifestações dos apoiadores do ex-presidente, que tiveram entrada liberada


postado em 02/03/2019 10:43 / atualizado em 02/03/2019 11:46

(foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP)
(foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou neste fim da manhã de sábado, por volta das 11 horas, ao cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP), onde acompanhará o velório de seu neto Arthur Araújo Lula da Silva, que faleceu na sexta-feira, aos 7 anos de idade.

O ex-presidente chegou ao cemitério sob os gritos de "Lula, guerreiro do povo brasileiro" e de "Lula, Lula", entoado por militantes e apoiadores do PT e de ex-presidente.

Lula percorreu o trajeto ao local de carro, escoltado por 26 agentes e dois delegados da Polícia Federal. A previsão é que Lula acompanhe o velório e a cremação, marcada para as 12h, e retorne ainda neste sábado para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena.

 

Apoiadores liberados

 

Foi liberada a entrada de apoiadores no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP), onde ocorre o velório de Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente. Ele tinha sete anos e morreu vítima de meningite meningocócica. Às 12h o corpo do garoto será cremado.

Foi pedido aos apoiadores que não se manifestassem dentro do cemitério, em respeito a Lula e a sua família. Antes da liberação, dezenas de apoiadores se aglomeravam na entrada do cemitério para prestar solidariedade. Eles ficaram em silêncio na maior parte do tempo. A grande maioria também não trajava camisas ligadas a Lula ou ao PT, nem portava bandeiras.

Os apoiadores de Lula se manifestaram apenas em momentos pontuais, como quando foram provocados por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro que apareceu vestindo uma camiseta da campanha de Bolsonaro. Além disso, quando um grupo de policiais militares entrou no cemitério, os apoiadores de Lula, ainda do lado de fora, se manifestaram hostilizando os PMs. "Vão entrar na reforma da Previdência também?", gritou um deles.

 

Ação da PM

 

A Polícia Militar de São Paulo fez um esquema especial de segurança antes da chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao velório do neto Arthur. Ao todo, seis PMs armados estão na capela onde o corpo do menino está sendo velado. Além disso, mais de dez viaturas estão no entorno do local e uma barreira feita na entrada do cemitério causou incômodo à família de Lula.

Entraram seis PM armados na capela onde está sendo velado corpo e chegou caminhão com grades. O deputado estadual Emídio de Souza e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, conversaram com o comando da Polícia Militar no local pedindo que os agentes sejam menos ostensivos e reclamando de exageros na operação. O comandante da PM afirmou que o combinado é a entrada apenas de familiares e amigos da família.



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a superintendência da Polícia Federal em Curitiba por volta das 7h deste sábado, 2, rumo a São Bernardo, onde participa do funeral de seu neto Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, vítima de meningite meningocócica.

Segundo advogados petistas, Lula deixou a sede da PF em Curitiba, onde cumpre pena, em um helicóptero da corporação. Pouco depois ele embarcou no avião oficial do governo do Paraná no aeroporto Bacacheri, de onde seguiria para Congonhas, em São Paulo. De lá, Lula embarcou em outro helicóptero da PF em direção a São Bernardo.

A cremação de Arthur está marcada para 12h no cemitério Parque da Colina, onde também foi cremada a avó do garoto, Marisa Letícia, morta em 2017.

Durante a noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado parentes, amigos da família e aliados de Lula estiveram no local para prestar solidariedade à família. Entre eles a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, os ex-ministros Alexandre Padilha, Gilberto Carvalho e Paulo Vannuchi, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o médico Roberto Kallil Filho. De manhã chegaram o deputado estadual Emidio de Souza e o advogado Marco Aurélio Carvalho.

O clima no velório era de profunda tristeza. Sandro, filho caçula de Lula e pai de Arthur, chorava em uma cadeira ao lado do caixão branco do garoto, sob o qual foram postos um par de chuteiras e uma bola de futebol.


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