O governo mineiro anunciou nesta sexta-feira um processo seletivo para 565 cargos de direção na administração direta e 200 em autarquias e fundações, com salários que variam entre R$ 7 mil e R$ 20 mil. Segundo o Executivo, o critério de escolha dos funcionários será a “meritocracia” e “competência”. Mas admite que a última etapa da seleção poderá contar com a opinião de deputados estaduais – que vêm reclamando da falta de espaço para indicações políticas no governo Romeu Zema (Novo). Os cargos vão desde subsecretário de Estado a diretor de órgãos públicos.
A princípio, a seleção vai atingir 300 cargos da administração direta, que independentemente da reforma administrativa que tramita na Assembleia Legislativa serão mantidos no estado. Hoje essas cadeiras estão preenchidas por pessoas indicadas ainda durante o governo Fernando Pimentel (PT) ou mesmo nomeadas por Zema.
De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy, todos foram previamente comunicados que ficariam na posição de maneira provisória e que poderiam participar em igualdade de condições do processo seletivo.
“A gente não fez nenhuma avaliação das pessoas que estão lá. Por que a gente resolveu fazer isso? Porque fazendo comparação com melhores práticas no mundo, chegou-se à conclusão que a melhor maneira de você colocar pessoas no cargo de gestão é um processo de avaliação, seleção, e posteriormente de desenvolvimento dessas pessoas”, justificou o secretário.
A seleção será feita por quatro empresas de consultoria, sem qualquer custo para o estado. Otto Levy argumentou ainda que não se trata de um concurso.
“Não existe uma prova escrita, mas um processo de avaliação que envolve análise de currículo, análise de perfil, entrevista com especialistas, a entrevista com o gestor, entrevista por competência. São métodos consagrados mundialmente para você avaliar pessoas. E entrega no final uma lista de três ou quatro pessoas que estão aptas”, afirmou o secretário.
A escolha do funcionário será feito pelo gestor correspondente a cada área, dentro de uma lista selecionada pelas empresas. “As pessoas são aprovadas e como em qualquer organização, a escolha final cabe ao gestor, e obviamente faz parte dessa escolha final ele entrevistar a pessoa e ouvir a opinião de outras pessoas sobre os candidatos para ele tomar a decisão”. “O gestor faz a escolha. Nesse processo ele pode ouvir outras pessoas, que no caso se incluem os deputados”, comentou.
As inscrições para os cargos começam nesta segunda-feira (11) e podem ser feitas pelo site www.transformaminas.mg.gov.br.