A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai ler nesta quarta-feira, 12, em plenário a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as barragens de rejeitos, para apurar as responsabilidades quanto ao rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte), ocorrida em 25 de janeiro. A tragédia na mina da Vale fez mais de 300 vítimas, entre mortos e desaparecidos.
A CPI será presidida pelo deputado Gustavo Valadares (PSDB), líder do Bloco Sou Minas Gerais, e o vice, o deputado Inácio Franco (PV), líder da Maioria. Já o relator será o deputado André Quintão (PT), líder do Bloco Democracia e Luta. Os outros integrantes serão Cássio Soares (PSD), líder do Bloco Liberdade e Progresso; a deputada Beatriz Cerqueira (PT), também autora de requerimento para criação da CPI; e o deputado Noraldino Júnior (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Serão suplentes deputados Bartô (Novo), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte; Celinho Sintrocel (PCdoB), presidente da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social; Repórter Rafael Martins (PSD) e João Vítor Xavier (PSDB), respectivamente, presidente e vice da Comissão de Minas e Energia; e Doutor Wilson Batista (PSD), autor de solicitação para instalação da CPI. Disputa No Congresso Nacional, a instalação de uma ou mais comissões parlamentares de inquérito (CPI) para investigar a tragédia provocada pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, provoca troca de acusações na bancada mineira entre o deputado federal André Janones (Avante) e o senador Carlos Viana (PSD). O conflito se desdobrou a partir da disputa entre a bancada federal mineira, que defende uma comissão mista e Viana, que prega que o Senado faça uma comissão parlamentar de inquérito separada da Câmara dos Deputados. Janone acusou Viana de ser financiado por mineradoras e, por isso, estar impossibilitado de investigá-las. Viana por seu turno acusou Janone de ser financiado por Luiz Fernando Faria (PP), deputado federal que seria, segundo ele, o "homem da mineração" em Minas.