O deputado Mauro Lopes (MDB-MG), que está presidindo neste momento a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), anunciou nesta noite que a eleição para a presidência efetiva do colegiado será feita por meio de cédula em papel. A medida é necessária porque as urnas eletrônicas tiveram problema técnico.
A instalação da CCJ é uma das mais aguardadas porque a comissão é a primeira parada da reforma da Previdência. Deputados relataram que, ao tentar votar na urna eletrônica, a tela se apagava quando o parlamentar tentava colocar sua digital. Técnicos foram chamados, mas o problema não foi resolvido. Para a votação em cédula, os integrantes da comissão estão sendo chamados um a um no microfone.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) tentou reivindicar a coordenação dos trabalhos da eleição por ser o integrante mais idoso do colegiado. O argumento dele é que ele é o membro titular mais velho e por, isso, teria a prerrogativa de presidir a sessão neste momento. Mauro Lopes tem mais idade que Valente, mas é suplente na CCJ. Apesar da tentativa da oposição, o emedebista segue no comando da votação.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), compareceu há pouco na sala da CCJ e conversou com parlamentares. Na saída, ele reafirmou a expectativa de que a reforma da Previdência seja votada no colegiado até o fim de março. Depois, ele estima um prazo de dois meses para que a proposta tramite na comissão especial.
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