Manifestação no Centro de Belo Horizonte, nesta quinta-feira, cobra resposta sobre quem mandou matar a vereadora Marielle Franco. A parlamentar foi assassinada há exato um ano e vários atos, homenagens e protestos ocorrem em todo o país.
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Investigação deve apontar mentor da morte de Marielle, diz representante da ONUAfastamento de delegado será positivo para resolução de caso Marielle, diz FreixoNegras, mulheres e políticas são as herdeiras de Marielle FrancoUm ano após crime, RJ é tomado por homenagens à Marielle e AndersonRio tem atos em homenagem a Marielle Franco e músico Evaldo RosaO ato “Marielle Vive” ocorre debaixo do Viaduto de Santa Tereza, no Centro de BH. O evento conta com intervenções artísticas, falas políticas, além de momento religioso em memória da vereadora. Os participantes vão avaliar se seguem em cortejo até a Praça Sete.
A vereadora negra e bissexual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), originária da comunidade da Maré, trabalhava em defesa das minorias e pelas denúncias contra a violência policial em regiões pobres, onde vive um quarto da população da cidade.
#Marielle Franco
Nascida no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, em 27 de julho de 1979, Marielle Franco era referência na luta pelos direitos humanos. A mais recente conquista na área foi o mandato de vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, eleita pelo PSOL.
Durante os estudos na PUC, ela não se envolveu com movimentos estudantis, por conta da pouca disponibilidade de tempo, dividido entre estudos e trabalhos para sustentar a filha Luyara, nascida quando Marielle tinha 19 anos. Hoje, a jovem tem 18 anos. Com o diploma de socióloga, ela, que já tinha trabalhado como educadora infantil na Creche Albano Rosa, na Maré, se tornou professora e pesquisadora respeitada.
Depois virou mestre em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). a vida da política foi dedicada à militância na defesa dos direitos humanos e contra ações violentas nas favelas. A luta foi impulsionada após a morte de uma amiga, vítima de bala perdida, durante um tiroteio envolvendo policiais e traficantes de drogas na favela onde nasceu e viveu.
Marielle Franco integrou, em 2006, a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Após a posse dele como deputado, foi nomeada assessora parlamentar dele. Depois assumiu a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da assembleia. Há dois anos, na primeira disputa eleitoral, foi eleita com 46.502 votos para o cargo de vereadora na capital carioca, a quinta mais votada na cidade.