Em sua terceira transmissão por meio das redes sociais, dessa vez em um vídeo ao vivo feito em Santiago, no Chilo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) minimizou a queda em sua aprovação popular demonstrada em pesquisa de opinião do Ibope, defendeu a proposta de previdência especial para os militares e afirmou que acabará com a Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
“Fui massacrado pela imprensa dizendo que caí 15 pontos em certa pesquisa. Mas quero dizer a vocês que esse índice tem a mesma credibilidade que as pesquisas eleitorais. O mesmo instituto falava que eu perdia para todo mundo no segundo turno”, afirmou Bolsonaro.
A pesquisa divulgada nesta semana pelo Ibope apontou acentuada queda na taxa de aprovação do governo desde a posse. No levantamento entre os dias 16 e 19 de março, o instituto apurou que 34% dos brasileiros classificam a gestão como boa ou ótima. Em janeiro o percentual era de 49% dos entrevistados.
Entre os que consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo o número aumentou de 11% em janeiro para 24% em março.
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Fim da Unasul
Sobre a visita ao Chile, Bolsonaro afirmou que serão tratados vários temas comerciais entre os dois países e que temas políticos do continente serão tratados com chefes de Estado dos países vizinhos.
“Outros chefes estarão aqui para tratar da questão da Unasul, que é o nome fantasia do Foro de São Paulo. Um acordo dos países de esquerda na época, que contava inclusive com a participação das Farc. Eles vinham se ajudando para que chegassem ao poder e transformassem isso aqui em uma pátria bolivariana, uma grande Venezuela. Vamos botar um fim nessa Unasul”, disse Bolsonaro.
A Unasul reunia os 12 países da América do Sul e foi criada com objetivo de aprofundar a integração comercial da região. A iniciativa para criação do órgão surgiu em 2004, durante uma reunião dos países em Cusco, no Peru, em 2004. No ano passado cinco países, entre eles o Brasil, suspenderam as atividades da Unasul. .