O ex-presidente Michel Temer estava extremamente triste na noite de quinta-feira (21) mas confiante de que sua prisão pudesse ser revertida a qualquer momento. A descrição é do ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que visitou o aliado preso na Superintendência da Polícia Federal do Rio. Marun deu detalhes do encontro à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 22.
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Como o poder e a influência de Temer em cargos públicos o levaram à prisãoTemer e Moreira Franco passam primeira noite na prisão e devem depor nesta sexta-feira à PF Alegação antiga não pode justificar detenção, diz jurista sobre prisão de Temer"Encontrei um homem obviamente extremamente triste, especialmente por sabre que é uma medida judicial absolutamente esdrúxula", disse Marun a Haisem Abaki e Carolina Ercolin. "Mas (o ex-presidente) ainda confia na Justiça. Está sendo tratado com respeito e dignidade e aguardado que essa decisão absurda seja o mais rapidamente revertida."
Marun criticou a decisão assinada pelo juiz Marcelo Bretas, da Operação Lava Jato no Rio. "Não vi ela sendo apoiada por nenhum jurista. Não vi ninguém que tenha dois neurônios apoiando essa decisão judicial. É um absurdo que seja a palavra de um homem que estudou Direito.
Sem dar detalhes, Marun disse que, em sua avaliação, a suposta fragilidade da decisão de Bretas abre margem para suspeitas a respeito dos objetivos da decisão que determinou a prisão do ex-presidente. "Tem a suspeita de que exista algo por trás disso e que os motivos sejam outros. De que se busque com essa confusão causada com essa decisão inconsequente e ilegal, outros objetivos."
"Temer era um perigo à ordem pública? à ordem econômica? Perigo são eles", disse Marun. "Ontem (quinta), subiu o dólar, baixou a Bolsa, cria uma celeuma na área política que vai atrapalhar a aprovação da reforma da Previdência. O presidente Temer tentou fugir? Não. O presidente Temer faltou a alguma convocação do Poder Judiciário? Não. O fato de ser absurda cria suspeitas sobre essa decisão."
Marun criticou o fato de a operação dizer que Temer comandava uma organização criminosa há quarenta anos.