“Vivemos certa aflição com a política nesses últimos dias, uma certa angústia cívica”. O desabafo partiu do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante palestra na tarde desta sexta-feira (22) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte.
Sem citar especificamente a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) ou os embates entre a força-tarefa da Operação Lava-Jato e o STF, o magistrado afirmou que passamos por um momento doloroso e sofrido, mas que vê com otimismo a possibilidade do Brasil avançar com as crises dos dias de hoje.
“Acho que os países passam pelo que tem que passar para se aprimorarem e amadurecerem. Estou convencido de que vamos sair de tudo isso melhor do que entramos”, afirmou Barroso.
Segundo ele, o momento é de transformação e ao contrário de entrar em uma rota de decadência o país está se tornando cada vez mais exigente com seus representantes.
Perguntado sobre a criação de uma CPI para apurar irregularidade no Supremo e nos tribunais superiores, a chamada CPI da Lava-Toga, o ministro não respondeu.
Nesta semana, 29 senadores assinaram um requerimento pedindo a criação da comissão parlamentar, que passará por uma análise de consultores do Senado a pedido da Mesa Diretora.
Progressistas e conservadores
Na palestra sobre os 30 anos da Constituição de 1988 (completados no ano passado), Barroso citou os problemas do sistema político brasileiro como um dos obstáculos para o desenvolvimento do país.
“Infelizmente o sistema não extrai o melhor das pessoas. É cara demais, a representatividade é baixa e por questões de fisiologismo, os presidentes acabam reféns de algumas práticas”, disse o ministro.
“Muitos podem não valorizar, mas atravessamos três décadas de equilíbrio institucional. E isso é muito importante. Temos que lembrar que na história do Brasil foram muitas rupturas. A manutenção dessa estabilidade é motivo de comemoração”, disse o magistrado, citando alguns períodos da história nacional, como o golpe militar de 1964, o Estado Novo de Getúlio Vargas e o impedimento do mineiro Pedro Aleixo assumir a Presidência da República durante a ditadura.
Para Barroso o combate à corrupção enfrenta desafios tanto entre os grupos progressistas como entre os grupos conservadores.
“Progressistas adotam um entendimento de que os fins justificam os meios, enquanto os conservadores acreditam que a corrupção ruim é a dos outros, dos adversários”, afirmou. Ele defendeu ainda a necessidade de aprovação de uma reforma da Previdência, que considera uma “questão patriótica e não política”.
Sem citar especificamente a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) ou os embates entre a força-tarefa da Operação Lava-Jato e o STF, o magistrado afirmou que passamos por um momento doloroso e sofrido, mas que vê com otimismo a possibilidade do Brasil avançar com as crises dos dias de hoje.
“Acho que os países passam pelo que tem que passar para se aprimorarem e amadurecerem. Estou convencido de que vamos sair de tudo isso melhor do que entramos”, afirmou Barroso.
Segundo ele, o momento é de transformação e ao contrário de entrar em uma rota de decadência o país está se tornando cada vez mais exigente com seus representantes.
Perguntado sobre a criação de uma CPI para apurar irregularidade no Supremo e nos tribunais superiores, a chamada CPI da Lava-Toga, o ministro não respondeu.
Nesta semana, 29 senadores assinaram um requerimento pedindo a criação da comissão parlamentar, que passará por uma análise de consultores do Senado a pedido da Mesa Diretora.
Progressistas e conservadores
Na palestra sobre os 30 anos da Constituição de 1988 (completados no ano passado), Barroso citou os problemas do sistema político brasileiro como um dos obstáculos para o desenvolvimento do país.
“Infelizmente o sistema não extrai o melhor das pessoas. É cara demais, a representatividade é baixa e por questões de fisiologismo, os presidentes acabam reféns de algumas práticas”, disse o ministro.
“Muitos podem não valorizar, mas atravessamos três décadas de equilíbrio institucional. E isso é muito importante. Temos que lembrar que na história do Brasil foram muitas rupturas. A manutenção dessa estabilidade é motivo de comemoração”, disse o magistrado, citando alguns períodos da história nacional, como o golpe militar de 1964, o Estado Novo de Getúlio Vargas e o impedimento do mineiro Pedro Aleixo assumir a Presidência da República durante a ditadura.
Para Barroso o combate à corrupção enfrenta desafios tanto entre os grupos progressistas como entre os grupos conservadores.
“Progressistas adotam um entendimento de que os fins justificam os meios, enquanto os conservadores acreditam que a corrupção ruim é a dos outros, dos adversários”, afirmou. Ele defendeu ainda a necessidade de aprovação de uma reforma da Previdência, que considera uma “questão patriótica e não política”.